UM DESEJO ARDENTE

UM DESEJO ARDENTE

domingo, 23 de setembro de 2012

HÁ ERROS NA BÍBLIA? NÃO!



HÁ ERROS NA BÍBLIA? NÃO!
Os críticos afirmam que a Bíblia está cheia de erros. Alguns falam, até mesmo, em milhares de erros. A verdade é que não há nem mesmo um só erro no texto original da Bíblia que tenha sido demonstrado. Isso não quer dizer que não haja dificuldades em nossas Bíblias. Dificuldades há, e é delas que este livro vai tratar. Seu propósito é mostrar que não há realmente erros nas Escrituras. Por quê? Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, e Deus não pode errar. Vamos raciocinar. Vamos tratar isto de uma forma lógica examinando as premissas:

Deus não pode errar.
A Bíblia é a Palavra de Deus.
Portanto, a Bíblia está isenta de erros.

Como qualquer estudante de lógica sabe, este é um silogismo (uma forma de raciocínio) válido. Assim, se as premissas são verdadeiras, as conclusões também são verdadeiras. Como vamos mostrar, a Bíblia declara sem rodeios ser a Palavra de Deus.  Ela nos informa também que Deus não pode errar. A conclusão, então, é inevitável: a Bíblia está isenta de erros. Se ela estivesse errada em qualquer coisa que afirma, então Deus teria cometido um erro. Mas Deus não pode cometer erros.

Deus não pode cometer erros
As Escrituras declaram enfaticamente que "é impossível que Deus minta" (Hb 6:18). Paulo fala do "Deus que não pode mentir" (Tt 1:2). Ele é um Deus que, mesmo que não sejamos fiéis, "permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2:13). Deus é a verdade (Jo 14:6) e assim também é a Palavra dele. Jesus disse ao Pai: "a tua Palavra é a verdade" (Jo 17:17). O salmista exclamou: "As tuas palavras são em tudo verdade" (SI 119:160).

A Bíblia é a Palavra de Deus
Jesus referiu-se ao AT como sendo a "Palavra de Deus", que "não pode falhar" (Jo 10:35). Ele disse: "até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5:18). Paulo acrescentou: "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3:16). Ela veio "da boca de Deus" (Mt 4:4). Embora tenham sido homens aqueles que escreveram as mensagens, "nunca, jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1:21).
Jesus disse aos líderes religiosos de seus dias que eles vinham "invalidando a palavra de Deus" pela sua própria tradição (Mc 7:13). Jesus chamou-lhes a atenção para a Palavra de Deus escrita quando repetidamente afirmou: "Está escrito ... está escrito ... está escrito ..." (Mt 4:4, 7,10). Esta frase aparece mais de noventa vezes no NT. É uma forte indicação da autoridade divina da Palavra de Deus escrita.

Dando ênfase à natureza inerrante da verdade de Deus, o apóstolo Paulo referiu-se às Escrituras como "a palavra de Deus" (Rm 9:6). O autor de Hebreus declarou que "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4:12).

Conclusão lógica: A Bíblia é isenta de erros
Sim, Deus falou, e ele não titubeou. O Deus da verdade nos deu a Palavra da Verdade, e ela não contém inverdade alguma. A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus.

Pode-se confiar na Bíblia em questões de Ciência e de História?
Alguns têm sugerido que as Escrituras sempre podem ser confiáveis em questões de ordem moral, mas que nem sempre são corretas em questões históricas. Eles confiam na Bíblia no campo espiritual, mas não na esfera da ciência. Se isso fosse verdade, entretanto, negaria a autoridade divina da Bíblia, já que o espiritual, o histórico e o científico então freqüentemente Interligados.
Um cuidadoso exame das Escrituras revela-nos que as verdades científicas (fatuais) e as espirituais são muitas vezes inseparáveis. Por exemplo, não se pode separar a verdade espiritual da ressurreição de Cristo do fato de que o seu corpo deixou para sempre vazio o seu túmulo e que depois ele apareceu fisicamente (Mt 28:6; 1 Co 15:13-19).
Da mesma forma, se Jesus não tivesse nascido de uma mulher biologicamente virgem, então ele não seria diferente do resto da humanidade, sobre quem recai o estigma do pecado de Adão (Rm 5:12). Também a morte de Cristo por nossos pecados não pode ser separada do fato de que ele derramou literalmente o seu sangue na cruz, pois "sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hb 9:22).
A existência e a queda de Adão tampouco podem ser um mito. Se não tivesse havido literalmente um Adão, e se não tivesse havido de fato a queda, então o ensino espiritual quanto ao pecado herdado e quanto à morte física, dele decorrente, estaria errado (Rm 5:12). A realidade histórica e a doutrina teológica juntas permanecem ou juntas caem por terra.
Além disso, a doutrina da encarnação é inseparável da verdade histórica de Jesus de Nazaré (Jo 1:1,14). E ainda, o ensino de caráter moral de Jesus quanto ao casamento baseou-se no que ele ensinou quando disse que Deus juntou literalmente um Adão e uma Eva em matrimônio (Mt 19:4-5). Em cada um destes casos, o ensino moral e o teológico perdem totalmente o sentido se desconsiderado o evento histórico e fatual. Negando-se que aquele evento ocorreu literalmente no tempo e no espaço, fica-se então sem uma base para crer na doutrina bíblica construída sobre ele.
Com freqüência, Jesus comparou eventos do AT diretamente com importantes verdades espirituais. Por exemplo, ele relacionou sua morte e ressurreição com Jonas e o grande peixe (Mt 12:40). Da mesma forma, sua segunda vinda foi comparada com os dias de Noé (Mt 24:37-39). Tanto as circunstâncias como as características de tais comparações deixam claro que Jesus estava afirmando que aqueles eventos foram fatos históricos, que realmente aconteceram. De fato, Jesus afirmou a Nicodemos: "Se tratando de coisas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (Jo 3:12). Em resumo, se a Bíblia não falasse com verdade a respeito do mundo físico, então ela não poderia ser digna de confiança ao referir-se ao mundo espiritual. Os dois mundos acham-se intimamente relacionados.
A inspiração inclui não apenas tudo o que a Bíblia explicitamente ensina, mas inclui também tudo a que ela se refere. Isso é verdade quando a Bíblia se reporta à história, à ciência ou à matemática. Tudo o que a Bíblia declara é verdadeiro - podendo der tanto um ponto de maior como também de menor importância. A Bíblia é a Palavra de Deus, e Ele não se desvia da verdade em nenhum momento. Todas as partes das Escrituras são verdadeiras, assim como o todo que elas formam.

Se é inspirada, é inerrante
A inerrância é uma decorrência lógica da inspiração. Porque inerrância significa verdade total, sem erros. E o que Deus profere (inspira) tem de ser completamente verdadeiro e sem erros (inerrante). Contudo, convém especificar com maior clareza o que significa "verdade" e o que constitui um "erro".
Verdade significa aquilo que corresponde à realidade. Um erro, então, é o que não corresponde à realidade. A verdade é dizer o que de fato é. Um erro é não dizer o que é. Conseqüentemente, nenhuma coisa errada pode ser verdadeira, mesmo que o autor pretendesse que o seu erro fosse algo verdadeiro. Um erro é um erro, não simplesmente alguma coisa que nos faça errar. De outro modo, toda expressão sincera poderia ser considerada verdadeira ainda que se tratasse de um erro grosseiro. Da mesma forma, algo não é verdadeiro simplesmente porque realiza o propósito que havia sido estabelecido, já que muitas mentiras são bem-sucedidas.
A Bíblia vê claramente a verdade como aquilo que corresponde à realidade. O erro é entendido como sendo uma falta de correspondência à realidade, não como algo causado intencionalmente. Isso é evidente pelo fato de que a palavra "erro" é usada no caso de erros não-Intencionais (Lv 4:2). Na Bíblia inteira está implícita a visão de que a verdade baseia-se numa correspondência entre duas coisas. Por exemplo, quando os Dez Mandamentos declaram: "Não dirás falso testemunho" (Êx 20:16) significa que deturpar fatos está errado. Este mesmo conceito de verdade foi usado quando os judeus foram ao governador para falar a respeito de Paulo: "Tu mesmo, examinando-o, poderás tomar conhecimento de todas as coisas de que nós o acusamos". E, ao fazer isso, é como se eles estivessem dizendo: "É verdade, tu podes facilmente verificar os fatos" (cf. At 24:8).

SUPOSTAS CONTRADIÇÕES BÍBLICAS OU DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÕES


Quando os críticos da Bíblia perguntam: "Como você pode crer na Bíblia, estando ela crivada de erros?", o que você responde? Muitos cristãos arremessam isso direto para a fé; apegam-se tenazmente à sua crença, não importando quanto possa haver de evidência em contrário. Entretanto, isso não só contraria as Escrituras como também é uma insensatez.
A Bíblia declara: "Portai-vos com sabedoria... para saberdes como deveis responder a cada um" (Cl 4:5-6). Pedro instou aos crentes: "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1 Pe 3:15-16).
De fato, Jesus nos ordenou: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22:37). Uma parte deste amor que devemos a Cristo é encontrar respostas para aqueles que questionam a Palavra de Deus. Pois, como disse Salomão: "Ao insensato responde segundo a sua estultícia, para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos" (Pv 26:5).
A verdade é capaz de se manter sobre os seus dois pés. Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8:32). Nada temos a temer quanto à verdade. Jesus disse ao Pai: "A tua palavra é a verdade" (Jo 17:17). A Bíblia resistiu à crítica dos maiores céticos, agnósticos e ateístas por todos esses séculos, e ela pode resistir aos fracos esforços nesse sentido feitos pelos críticos incrédulos de hoje. Contrariamente a muitas outras religiões atuais que apelam a sentimentos místicos ou a uma fé cega, o Cristianismo diz: "antes que cases, vê o que fazes".
Este é um livro para aqueles que acreditam que devemos pensar acerca do que cremos. Deus não premia a ignorância e nem mesmo recompensa aqueles que se recusam a olhar para a evidência. Pelo contrário, ele condenará aqueles que rejeitam a clara evidência que ele revelou (Rm 1:18-20).
Este livro é fruto de mais de quarenta anos de esforços no sentido de compreender a Bíblia e de responder àqueles que poderiam debilitar a fé na eterna Palavra de Deus. Ele foi escrito para estar junto da Bíblia, de forma que se possa encontrar a resposta a uma dificuldade surgida num texto no local exato em que ocorre o problema. Por exemplo, para a velha questão: "Como é que Caim conseguiu uma esposa?", a resposta será encontrada bem no texto que diz: "E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque..." (Gn 4:17).
Quando você estiver lendo a Bíblia e encontrar uma dificuldade, procure o versículo e observe o comentário feito a respeito dele neste livro. Para aqueles que tenham dificuldade em localizar um determinado versículo que tenha gerado uma dúvida, consulte o índice de tópicos e nomes nas páginas finais.
Esta obra pode ser considerada, sob vários aspectos, como "cinco livros em um". Primeiro, é um livro sobre dificuldades bíblicas, que responde à maioria das questões mais importantes levantadas até hoje com respeito à Bíblia - mais de 800 ao todo. Segundo, esta é uma obra apologética, já que ela nos ajuda a defender a fé que uma vez foi dada aos santos. Terceiro, este livro funciona como um escrupuloso comentário, por tratar da maioria das passagens difíceis da Bíblia. Quarto, é um livro que contribuirá para fortalecer a sua vida espiritual à medida que você for recebendo respostas a essas questões e aumentando a sua fé na Palavra de Deus. Finalmente, este é um livro de evangelismo pois, quando você testemunhar de Cristo, as pessoas lhe farão algumas perguntas para as quais talvez você não tenha a resposta.
Em vez de não mais compartilhar a sua fé em Cristo, por receio de enfrentar questões cujas respostas desconheça, você poderá persistir na evangelização com confiança, tendo um guia à sua disposição, para ajudá-lo a responder a toda questão levantada por aqueles que sinceramente estão em busca da verdade.
A nossa oração é para que Deus faça uso deste livro para reforçar-lhe a fé e para ajudá-lo a trazer muitas outras pessoas a Cristo. A nossa própria confiança nas Sagradas Escrituras aumentou nesses últimos anos, enquanto examinávamos com maior profundidade as maravilhas da verdade divina. E temos certeza de que a sua confiança também aumentará.


MANUAL
POPULAR
de Dúvidas,
Enigmas e
"Contradições"
da Bíblia


Norman Geisler - Thomas Howe