UM DESEJO ARDENTE

UM DESEJO ARDENTE

domingo, 14 de outubro de 2012

ATEÍSMO É UM PROBLEMA MORAL


"Ateismo é um problema moral", afirma um dos maiores filósofos cristãos

O Ateísmo é uma fuga e uma insubordinação a moralidade...  e se o ATEU não tem certezas, como pode ser ateu? no máximo deveria ser agnóstico...

Um professor de filosofia e religião da Universidade de Taylor em Upland, Indiana, EUA, James Spiegel, escreveu um livro de 130 páginas.

The Making of an Atheist (O Making of de um Ateu) é uma resposta aos novos ateus. Mas ao contrário das inúmeras respostas que surgiram a partir de apologistas cristãos, o livro de Spiegel centra-se nas raízes psicológicas do ateísmo.

Enquanto os ateus insistem que a razão fundamental para rejeitar a Deus é o problema do mal ou a irrelevância científica do sobrenatural, o filósofo cristão diz que o argumento é "apenas um ardil" ou "uma cortina de fumaça conceitual para mascarar o verdadeiro problema – a rebelião pessoal".

Ele admite que poderia parecer inadequado ou ofensivo sugerir que a falta de fé em Deus é uma forma de rebelião. Mas ele disse em uma entrevista recente ao Evangelical Philosophical Society que era obrigado a escrever o livro porque está convencido de que "é uma clara verdade bíblica".

Seu objetivo ao escrever o livro não é nem para provocar as pessoas, nem mostrar que o teísmo é mais racional que o ateísmo. Ao contrário, seu objetivo é orientar as pessoas a "explicação real do ateísmo".

"A rejeição de Deus é uma questão de vontade, não do intelecto", afirma. "O ateísmo não é o resultado da avaliação objetiva da prova, mas de desobediência obstinada, mas isso não decorre da aplicação cuidadosa da razão, mas da rebelião intencional. Ateísmo é a supressão da verdade por maldade, a conseqüência cognitiva da imoralidade. Em suma, é o pecado que é a mãe da descrença".

Deus fez a sua simples existência, desde a criação – a partir da vastidão inimaginável do universo para o complexo universo das micro-células individuais, de acordo com Spiegel.

A consciência humana, as verdades morais, as ocorrências milagrosas e o cumprimento das profecias bíblicas são também evidências de que Deus é real.

Mas os ateus, que rejeitam, ou como Spiegel diz, "fazem perder a importância divina de qualquer um destes aspectos da criação de Deus" menosprezam a própria razão.

Na verdade o ateismo só acredita nas suas proprias crenças, ainda que ela sejam combatidas comprovadas insentadas e contraditórias..apenas baseada na profunda necessidade de negar...para viver a sua vida no pecado e no engano...mas chances eles tiveram...

Ora o ateísmo só propõe isso negação, não tem outra alternativa, é só negar e agredir religião e as pessoas...O ateu Richard Dawkins, disse que acreditava que viemos de seres alienígenas, mas não tenta explicar a origens desses mesmos seres alienígenas... não explica a origem do universo e nem mesmo de nada....passa a maior parte de seu livro atacando a religião e a bíblia... eles não deviam estar preocupado com sua descrença????

domingo, 23 de setembro de 2012

HÁ ERROS NA BÍBLIA? NÃO!



HÁ ERROS NA BÍBLIA? NÃO!
Os críticos afirmam que a Bíblia está cheia de erros. Alguns falam, até mesmo, em milhares de erros. A verdade é que não há nem mesmo um só erro no texto original da Bíblia que tenha sido demonstrado. Isso não quer dizer que não haja dificuldades em nossas Bíblias. Dificuldades há, e é delas que este livro vai tratar. Seu propósito é mostrar que não há realmente erros nas Escrituras. Por quê? Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, e Deus não pode errar. Vamos raciocinar. Vamos tratar isto de uma forma lógica examinando as premissas:

Deus não pode errar.
A Bíblia é a Palavra de Deus.
Portanto, a Bíblia está isenta de erros.

Como qualquer estudante de lógica sabe, este é um silogismo (uma forma de raciocínio) válido. Assim, se as premissas são verdadeiras, as conclusões também são verdadeiras. Como vamos mostrar, a Bíblia declara sem rodeios ser a Palavra de Deus.  Ela nos informa também que Deus não pode errar. A conclusão, então, é inevitável: a Bíblia está isenta de erros. Se ela estivesse errada em qualquer coisa que afirma, então Deus teria cometido um erro. Mas Deus não pode cometer erros.

Deus não pode cometer erros
As Escrituras declaram enfaticamente que "é impossível que Deus minta" (Hb 6:18). Paulo fala do "Deus que não pode mentir" (Tt 1:2). Ele é um Deus que, mesmo que não sejamos fiéis, "permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2:13). Deus é a verdade (Jo 14:6) e assim também é a Palavra dele. Jesus disse ao Pai: "a tua Palavra é a verdade" (Jo 17:17). O salmista exclamou: "As tuas palavras são em tudo verdade" (SI 119:160).

A Bíblia é a Palavra de Deus
Jesus referiu-se ao AT como sendo a "Palavra de Deus", que "não pode falhar" (Jo 10:35). Ele disse: "até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5:18). Paulo acrescentou: "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3:16). Ela veio "da boca de Deus" (Mt 4:4). Embora tenham sido homens aqueles que escreveram as mensagens, "nunca, jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1:21).
Jesus disse aos líderes religiosos de seus dias que eles vinham "invalidando a palavra de Deus" pela sua própria tradição (Mc 7:13). Jesus chamou-lhes a atenção para a Palavra de Deus escrita quando repetidamente afirmou: "Está escrito ... está escrito ... está escrito ..." (Mt 4:4, 7,10). Esta frase aparece mais de noventa vezes no NT. É uma forte indicação da autoridade divina da Palavra de Deus escrita.

Dando ênfase à natureza inerrante da verdade de Deus, o apóstolo Paulo referiu-se às Escrituras como "a palavra de Deus" (Rm 9:6). O autor de Hebreus declarou que "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4:12).

Conclusão lógica: A Bíblia é isenta de erros
Sim, Deus falou, e ele não titubeou. O Deus da verdade nos deu a Palavra da Verdade, e ela não contém inverdade alguma. A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus.

Pode-se confiar na Bíblia em questões de Ciência e de História?
Alguns têm sugerido que as Escrituras sempre podem ser confiáveis em questões de ordem moral, mas que nem sempre são corretas em questões históricas. Eles confiam na Bíblia no campo espiritual, mas não na esfera da ciência. Se isso fosse verdade, entretanto, negaria a autoridade divina da Bíblia, já que o espiritual, o histórico e o científico então freqüentemente Interligados.
Um cuidadoso exame das Escrituras revela-nos que as verdades científicas (fatuais) e as espirituais são muitas vezes inseparáveis. Por exemplo, não se pode separar a verdade espiritual da ressurreição de Cristo do fato de que o seu corpo deixou para sempre vazio o seu túmulo e que depois ele apareceu fisicamente (Mt 28:6; 1 Co 15:13-19).
Da mesma forma, se Jesus não tivesse nascido de uma mulher biologicamente virgem, então ele não seria diferente do resto da humanidade, sobre quem recai o estigma do pecado de Adão (Rm 5:12). Também a morte de Cristo por nossos pecados não pode ser separada do fato de que ele derramou literalmente o seu sangue na cruz, pois "sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hb 9:22).
A existência e a queda de Adão tampouco podem ser um mito. Se não tivesse havido literalmente um Adão, e se não tivesse havido de fato a queda, então o ensino espiritual quanto ao pecado herdado e quanto à morte física, dele decorrente, estaria errado (Rm 5:12). A realidade histórica e a doutrina teológica juntas permanecem ou juntas caem por terra.
Além disso, a doutrina da encarnação é inseparável da verdade histórica de Jesus de Nazaré (Jo 1:1,14). E ainda, o ensino de caráter moral de Jesus quanto ao casamento baseou-se no que ele ensinou quando disse que Deus juntou literalmente um Adão e uma Eva em matrimônio (Mt 19:4-5). Em cada um destes casos, o ensino moral e o teológico perdem totalmente o sentido se desconsiderado o evento histórico e fatual. Negando-se que aquele evento ocorreu literalmente no tempo e no espaço, fica-se então sem uma base para crer na doutrina bíblica construída sobre ele.
Com freqüência, Jesus comparou eventos do AT diretamente com importantes verdades espirituais. Por exemplo, ele relacionou sua morte e ressurreição com Jonas e o grande peixe (Mt 12:40). Da mesma forma, sua segunda vinda foi comparada com os dias de Noé (Mt 24:37-39). Tanto as circunstâncias como as características de tais comparações deixam claro que Jesus estava afirmando que aqueles eventos foram fatos históricos, que realmente aconteceram. De fato, Jesus afirmou a Nicodemos: "Se tratando de coisas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (Jo 3:12). Em resumo, se a Bíblia não falasse com verdade a respeito do mundo físico, então ela não poderia ser digna de confiança ao referir-se ao mundo espiritual. Os dois mundos acham-se intimamente relacionados.
A inspiração inclui não apenas tudo o que a Bíblia explicitamente ensina, mas inclui também tudo a que ela se refere. Isso é verdade quando a Bíblia se reporta à história, à ciência ou à matemática. Tudo o que a Bíblia declara é verdadeiro - podendo der tanto um ponto de maior como também de menor importância. A Bíblia é a Palavra de Deus, e Ele não se desvia da verdade em nenhum momento. Todas as partes das Escrituras são verdadeiras, assim como o todo que elas formam.

Se é inspirada, é inerrante
A inerrância é uma decorrência lógica da inspiração. Porque inerrância significa verdade total, sem erros. E o que Deus profere (inspira) tem de ser completamente verdadeiro e sem erros (inerrante). Contudo, convém especificar com maior clareza o que significa "verdade" e o que constitui um "erro".
Verdade significa aquilo que corresponde à realidade. Um erro, então, é o que não corresponde à realidade. A verdade é dizer o que de fato é. Um erro é não dizer o que é. Conseqüentemente, nenhuma coisa errada pode ser verdadeira, mesmo que o autor pretendesse que o seu erro fosse algo verdadeiro. Um erro é um erro, não simplesmente alguma coisa que nos faça errar. De outro modo, toda expressão sincera poderia ser considerada verdadeira ainda que se tratasse de um erro grosseiro. Da mesma forma, algo não é verdadeiro simplesmente porque realiza o propósito que havia sido estabelecido, já que muitas mentiras são bem-sucedidas.
A Bíblia vê claramente a verdade como aquilo que corresponde à realidade. O erro é entendido como sendo uma falta de correspondência à realidade, não como algo causado intencionalmente. Isso é evidente pelo fato de que a palavra "erro" é usada no caso de erros não-Intencionais (Lv 4:2). Na Bíblia inteira está implícita a visão de que a verdade baseia-se numa correspondência entre duas coisas. Por exemplo, quando os Dez Mandamentos declaram: "Não dirás falso testemunho" (Êx 20:16) significa que deturpar fatos está errado. Este mesmo conceito de verdade foi usado quando os judeus foram ao governador para falar a respeito de Paulo: "Tu mesmo, examinando-o, poderás tomar conhecimento de todas as coisas de que nós o acusamos". E, ao fazer isso, é como se eles estivessem dizendo: "É verdade, tu podes facilmente verificar os fatos" (cf. At 24:8).

SUPOSTAS CONTRADIÇÕES BÍBLICAS OU DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÕES


Quando os críticos da Bíblia perguntam: "Como você pode crer na Bíblia, estando ela crivada de erros?", o que você responde? Muitos cristãos arremessam isso direto para a fé; apegam-se tenazmente à sua crença, não importando quanto possa haver de evidência em contrário. Entretanto, isso não só contraria as Escrituras como também é uma insensatez.
A Bíblia declara: "Portai-vos com sabedoria... para saberdes como deveis responder a cada um" (Cl 4:5-6). Pedro instou aos crentes: "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1 Pe 3:15-16).
De fato, Jesus nos ordenou: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22:37). Uma parte deste amor que devemos a Cristo é encontrar respostas para aqueles que questionam a Palavra de Deus. Pois, como disse Salomão: "Ao insensato responde segundo a sua estultícia, para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos" (Pv 26:5).
A verdade é capaz de se manter sobre os seus dois pés. Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8:32). Nada temos a temer quanto à verdade. Jesus disse ao Pai: "A tua palavra é a verdade" (Jo 17:17). A Bíblia resistiu à crítica dos maiores céticos, agnósticos e ateístas por todos esses séculos, e ela pode resistir aos fracos esforços nesse sentido feitos pelos críticos incrédulos de hoje. Contrariamente a muitas outras religiões atuais que apelam a sentimentos místicos ou a uma fé cega, o Cristianismo diz: "antes que cases, vê o que fazes".
Este é um livro para aqueles que acreditam que devemos pensar acerca do que cremos. Deus não premia a ignorância e nem mesmo recompensa aqueles que se recusam a olhar para a evidência. Pelo contrário, ele condenará aqueles que rejeitam a clara evidência que ele revelou (Rm 1:18-20).
Este livro é fruto de mais de quarenta anos de esforços no sentido de compreender a Bíblia e de responder àqueles que poderiam debilitar a fé na eterna Palavra de Deus. Ele foi escrito para estar junto da Bíblia, de forma que se possa encontrar a resposta a uma dificuldade surgida num texto no local exato em que ocorre o problema. Por exemplo, para a velha questão: "Como é que Caim conseguiu uma esposa?", a resposta será encontrada bem no texto que diz: "E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque..." (Gn 4:17).
Quando você estiver lendo a Bíblia e encontrar uma dificuldade, procure o versículo e observe o comentário feito a respeito dele neste livro. Para aqueles que tenham dificuldade em localizar um determinado versículo que tenha gerado uma dúvida, consulte o índice de tópicos e nomes nas páginas finais.
Esta obra pode ser considerada, sob vários aspectos, como "cinco livros em um". Primeiro, é um livro sobre dificuldades bíblicas, que responde à maioria das questões mais importantes levantadas até hoje com respeito à Bíblia - mais de 800 ao todo. Segundo, esta é uma obra apologética, já que ela nos ajuda a defender a fé que uma vez foi dada aos santos. Terceiro, este livro funciona como um escrupuloso comentário, por tratar da maioria das passagens difíceis da Bíblia. Quarto, é um livro que contribuirá para fortalecer a sua vida espiritual à medida que você for recebendo respostas a essas questões e aumentando a sua fé na Palavra de Deus. Finalmente, este é um livro de evangelismo pois, quando você testemunhar de Cristo, as pessoas lhe farão algumas perguntas para as quais talvez você não tenha a resposta.
Em vez de não mais compartilhar a sua fé em Cristo, por receio de enfrentar questões cujas respostas desconheça, você poderá persistir na evangelização com confiança, tendo um guia à sua disposição, para ajudá-lo a responder a toda questão levantada por aqueles que sinceramente estão em busca da verdade.
A nossa oração é para que Deus faça uso deste livro para reforçar-lhe a fé e para ajudá-lo a trazer muitas outras pessoas a Cristo. A nossa própria confiança nas Sagradas Escrituras aumentou nesses últimos anos, enquanto examinávamos com maior profundidade as maravilhas da verdade divina. E temos certeza de que a sua confiança também aumentará.


MANUAL
POPULAR
de Dúvidas,
Enigmas e
"Contradições"
da Bíblia


Norman Geisler - Thomas Howe




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ANJOS


Desde os antigos egípcios aos atuais cientistas que concedem crédito á probabilidade cientifica dos anjos, ao admitirem a possibilidade de inteligências ocultas e invisíveis. Todavia, pela revelação contida na Bíblia, Deus nos transmitiu muitas informações. Por isso, através dos séculos, os teólogos reconhecem a importância da “Angelologia”, que consiste na exposição ordenada da verdade bíblica a respeito dos anjos.

Os anjos pertencem a uma dimensão extraordinariamente diversa da criação de nós humanos, limitados á ordem natural. Nesse domínio angélico, as limitações são diferentes das que Deus impôs á nossa ordem natural. Ele concedeu aos anjos mais sabedoria, mobilidade e poder que a nós seres humanos. Eles são mensageiros de Deus, cuja tarefa principal consiste em cumprir as suas ordens no mundo. Ele deu-lhes encargos de embaixadores. Designou-os e concedeu-lhes poderes de santos representantes para o desempenho de missões de justiça. Desta forma eles O assistem com seu criador, enquanto Deus soberanamente controla o universo.

A Bíblia afirma que os anjos, como os homens, foram criados por Deus. Houve um tempo em que não existiam anjos; na verdade, havia unicamente o Deus Trino e Uno. Os anjos estão, de fato, entre as coisas invisíveis feitas por Deus, conforme nos diz o Apóstolo Paulo em Colossenses 1:16 “Pois por Ele foram todas as coisas criadas, as que estão no céu e as que estão na terra, as visíveis e as invisíveis”. Em Hebreus 1:14 o escritor lhes chamam de “espíritos auxiliadores”, eles não possuem corpos físicos, conquanto possam assumir formas físicas, quando Deus lhes prescreve missões especiais.E em Marcos 12:25 o próprio Jesus informa que aos anjos não se concedeu a capacidade de se reproduzirem, pois nem se casam e nem são dados em casamento.

Se o leitor acredita na Bíblia, acreditará na intervenção deles, pois está registrado cerca de trezentas aparições deles, direta ou indiretamente. Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que os anjos podem ser contados potencialmente em milhões, já que em Hebreus 12:22 fala de “num congresso de muitos milhares ( miríades – um grande número, mas não definido) de anjos”. Também quanto ao seu número o Rei Davi assinalou que vinte mil percorriam os caminhos estelares. Mesmo com a sua visão limitada, ele observa de modo expressivo “Os carros de Deus são vinte mil, são milhares e milhares de anjos” Salmos 68:17. Dez mil anjos desceram sobre o Monte Sinai a fim de confirmar a presença sagrada de Deus, quando Ele deu a Lei a Moisés (Deuteronômio 33:2). No Novo Testamento, João nos conta ter visto dez mil vezes dez mil anjos ao redor do trono do Cordeiro de Deus (Apocalipse 5:11).



A mais importante característica dos anjos não reside em que tenham poder para exercer controle sobre nossas vidas, ou que sejam belos, mas no fato de trabalharem em nosso beneficio. São motivados por indescritível amor a Deus e extremamente conscientes de que a vontade de Deus em Jesus Cristo seja cumprida em nós. Os anjos constantemente nos protegem de nossos inimigos potenciais, e nos auxiliam em épocas de sofrimento e perigo. Alguns acreditam vivamente que cada cristão deve ter seu anjo da guarda, destacado para velar por nós. E essa proteção começa provavelmente na infância, pois Jesus disse: “Cuidai de não desprezar um único destes pequeninos, pois vos digo que seus anjos no céu contemplam incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mateus 18:10)

Mas também a Bíblia nos diz que através da história os anjos trabalharam a fim de executar os julgamentos de Deus, conduzindo os destinos das nações desobedientes a Deus. Por exemplo, Deus utilizou os anjos ao dispersar o povo de Israel por causa de seus pecados. Ele também utilizou os anjos ao trazer o castigo divino sobre Sodoma e Gomorra, e finalmente sobre Babilônia e Nínive. Já “no final dos tempos” os anjos executarão o castigo divino sobre aqueles que rejeitaram o amor de Deus. Os anjos administram julgamentos de acordo com os princípios da justiça divina.

Os anjos têm um importante papel nos acontecimentos da história da humanidade. Desde o Jardim do Éden, onde Deus plantou um jardim e fez o homem para que este com Ele vivessem em eterna comunhão, os anjos estavam lá. Eles nunca deixaram de acompanhar a cena humana. E eles continuarão em cena através dos séculos até que o tempo alcance a eternidade. Assim como milhões de anjos participaram do espetáculo deslumbrante em que as estrelas matutinas cantaram juntas na criação, do mesmo modo as inumeráveis hostes celestiais hão de ajudar a passar as proféticas declarações de Deus através dos tempos até a eternidade.





Fonte: http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/2023810-anjos/#ixzz24koUourK

terça-feira, 19 de junho de 2012

EVIDENCIAS HISTÓRICA DE JESUS CRISTO (2ªParte)

Existem centenas de profecias interligadas com outras demonstrando que uma mão sobrenatural e invisível inspirou os autores da Bíblia, dando-lhes provas da divindade de Jesus Cristo, evidências históricas de Sua morte na cruz e Sua ressurreição. Na Bíblia existem cerca de trezentas referências proféticas sobre o Messias de Deus que se cumpriram em Jesus Cristo. A realidade e a história da ressurreição de Jesus Cristo são os pilares mais importantes da fé Cristã.                                                                                  Jesus disse, "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai" (João 10:17-18).

Paulo argumenta, "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Coríntios 15:13-19). A realidade e historicidade da ressurreição são os pilares mais importantes do Cristianismo. Ao ressuscitar dos mortos Jesus provou ser o poderoso Filho de Deus, com a natureza santa do próprio Deus. (Romanos 1:4).

R.M’Cheyne Edgar, em sua obra, The Gospel of a Risen Saviour ( O Evangelho de um Salvador Ressuscitado), disse: "Eis aqui um mestre da religião que com toda a serenidade professa valer todos os seus direitos, e depois de ter vencido a morte se levantou da túmulo como disse que o faria. Devemos seguramente admitir que nunca houve, antes ou depois, uma proposta como esta. Falar que este teste extraordinário foi inventado por estudantes místicos de profecias, e inserido do jeito como se apresenta nas narrativas do evangelho, é colocar um fardo muito grande sobre nossa credulidade. Aquele que estava pronto para firmar tudo em Sua capacidade de voltar do túmulo, está diante de nós como o mais original de todos os mestres, alguém que resplandece pela evidência de Sua própria vida!"

Jesus anunciou Sua ressurreição e enfatizou que isso seria o "sinal" para autenticar Sua afirmação de ser o Messias. As passagens seguintes documentam as afirmações de Jesus sobre Sua ressurreição: Mateus 12:38-40; 16:21; 17:9; 17:22-23; 20:18-19; 26:32; 27:63. Marcos 8:31; 9:1; 9:10; 9:31; 10:32-34; 14:28, 58. Lucas 9:22. João 2:18-22; 12:32-34.

Apenas para citar umas dessas referências, João 2:18-22: "Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto? Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito".

Utilizando a perspectiva histórica notamos que a ressurreição de Cristo é um evento que ocorreu em uma dimensão definida de tempo e espaço. Wilbur Smith, notável erudito e mestre, observa (Smith, Wilbur M. Therefore Stand: Christian Apologetics. Grand Rapids: Baker Book House, 1965):

"O significado da ressurreição é um assunto teológico, mas o fato da ressurreição é um assunto histórico; a natureza da ressurreição do corpo de Cristo pode ser um mistério, mas o fato de que o corpo desapareceu do túmulo é um assunto para ser decidido sobre uma evidência histórica. O lugar possui uma definição geográfica, o homem a quem pertencia o túmulo era um homem que vivia na primeira metade do século primeiro; o túmulo era feito de pedra e ficava ao lado de uma colina próximo a Jerusalém. Não era nenhum invento diferente envolto numa atmosfera mitológica decorado com tecidos finos, mas era algo que tinha significância geográfica. Os guardas colocados diante do túmulo não eram seres fictícios do Monte Olimpo; o Sinédrio era um corpo de homens que se encontravam freqüentemente em Jerusalém. Como uma vasta literatura nos fala, esta pessoa, Jesus, era uma pessoa vivente, um homem entre outros homens, e os discípulos que saíram para pregar o Senhor ressuscitado eram homens entre homens, homens que se alimentaram, beberam, dormiram, sofreram, trabalharam e morreram. Que tem isto de doutrina? Este é um problema histórico" (página 386).

"Digamos que simplesmente sabemos muito mais sobre os detalhes das horas que antecederam a morte de Jesus Cristo, dentro e próximo a Jerusalém, do que sobre a morte de qualquer outro homem em todo o mundo antigo" (Página 360).

A ressurreição de Cristo possui uma rica abundância de evidências que incluem:

1. O testemunho da história:

Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus, um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceram."

Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como aquele que havia condenado o "Cristo".

2. O testemunho dos apóstolos:

Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered in the Courts of Justice –(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos. Os interesses e as paixões de todos os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação. Poucas vezes os anais de combates militares fornecem tal exemplo de persistência heróica, paciência e indescritível coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas razões os oprimiam com tristeza e freqüência terrível. Por isso era impossível que eles persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido" (Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from 1847 edition).

Depois da crucificação os apóstolos se esconderam temerosos pela perseguição das autoridades (certamente eles não tinham a coragem de entrar no túmulo de Jesus e "roubar" Seu corpo como os chefes religiosos queriam fazê-lo subornando os guardas). Ainda assim, dos doze apóstolos, onze morreram como mártires pregando que Jesus é o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos. Pedro negou Jesus várias vezes depois que Jesus foi preso, mas pouco tempo depois de Sua crucificação e sepultamento, lá estava Pedro em Jerusalém pregando corajosamente sob ameaças de morte que Jesus era Filho de Deus e que havia ressuscitado. A fé de Pedro era tão fervorosa que na época de sua crucificação ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo porque não se considerava digno de morrer na mesma posição do Messias. Acredita-se que Tomé, que havia colocado seus dedos nas feridas de Jesus, também morreu como mártir atravessado por uma lança. Tiago, irmão de Jesus, que havia duvidado de Suas afirmações, morreu apedrejado depois que Jesus lhe apareceu (1 Coríntios 15:7).

É muito difícil morrer por uma mentira. Na história contemporânea, temos visto algumas pessoas morrerem pelas causas políticas nas quais elas acreditam, mas ninguém morre pelo que não acredita. Alguma coisa transformou estes apóstolos intimidados e humilhados em poderosos porta-vozes de sua fé. Jesus lhes havia aparecido. O livro de Atos narra que Jesus Se apresentou vivo aos apóstolos. "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas relacionadas ao reino de Deus" (Atos 1:3).


3. Jesus, de fato, morreu na cruz:

Enquanto estava pendurado na cruz, “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era importante o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais" (João 19:30-35).

"E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo. E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!" (Marcos 15:36-39).

"E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José"(Marcos 15:42-45). O centurião tinha conhecimento de que Jesus havia morrido. Se não fosse assim, ele não teria confirmado o fato para Pilatos, e Pilatos não teria concedido o corpo a José de Arimatéia para o sepultamento.

"O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham" (Marcos 15:46-47).

4. A Pedra:

Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé compraram aromas para irem ungi-Lo. As mulheres estavam preocupadas e discutiam sobre como fariam para tirar a pedra da entrada do túmulo a fim de que pudessem ungir o corpo do Messias. Quando chegaram ao túmulo, a pedra "já estava removida, pois era muito grande" (Marcos 16:1,3,4). Mateus também descreve a pedra como "uma pedra grande" (Mateus 27:60). Acredita-se que a pedra pesava cerca de duas toneladas.

5. O Selo:

Mais importante do que o tamanho da pedra, salvo o fato de que uma grande pedra teria dissuadido ladrões em potencial, foi o selo que foi colocado sobre a pedra. Os fariseus foram até Pilatos e informaram-no de que Jesus havia dito que se levantaria em três dias. Eles pediram a Pilatos que desse ordens para que o sepulcro ficasse em segurança até o terceiro dia, "Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra" (Mateus 27:64-66).

A.T. Robertson em sua obra Word Pictures in the New Testament – Ilustrações da Palavra no Novo Testamento (New York: R.R. Smith, Inc., 1931) descreveu o provável método usado para selar a pedra "...provavelmente através de uma corda esticada ao redor da pedra e selada em sua extremidade tal como em Daniel 6:17(‘E foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus senhores, para que não se mudasse a sentença acerca de Daniel’). O ato de selar a pedra foi feito na presença dos guardas romanos que ficaram incumbidos de proteger o selo da autoridade e poder de Roma. Eles fizeram o melhor que puderam para impedir o roubo e a ressurreição (Bruce), mas acabaram se superando quando forneceram testemunho para o fato do túmulo vazio e a ressurreição de Jesus (Plummer)".

6. Os Trajes do Túmulo:

Quando Simão Pedro entrou no sepulcro de Jesus ele viu os lençóis de linho e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte (João 20:3-9). John R.W. Stott comenta, "Não é difícil imaginar o vislumbre apresentado aos olhos dos apóstolos quando eles chegaram ao túmulo: a placa de pedra, os lençóis de um lado, o lenço noutra parte. Não é de se estranhar que ‘viram e acreditaram.’ Uma olhadela nestas vestimentas provavam a realidade e indicavam a natureza da ressurreição. Elas não haviam sido tocadas, nem dobradas e tampouco manuseadas por qualquer ser humano. Elas estavam como um casulo do qual uma borboleta havia saído" (Stott, John R.W. Basic Christianity. Downers Grove: Inter-Varsity Press, 1971 – Cristianismo Básico).

7. O Engano:

A resposta de Pilatos aos fariseus foi "Vocês têm uma guarda", o que pode ser interpretado a partir dessa frase é: eles tinham uma guarda do exército romano ou já tinham a sua própria guarda como a polícia do templo. As autoridades predominantes concluem que uma guarda romana fora colocada lá. De outra forma, por que os fariseus iriam pedir a Pilatos que mantivesse o sepulcro em segurança? Eles não precisariam de sua autorização para colocar uma guarda que estava sob suas ordens. Quando Jesus ressuscitou, os guardas, temerosos da ira de Pilatos, foram até os sacerdotes e contaram o que havia acontecido (Mateus 28:11). Os sacerdotes deram aos guardas uma alta quantia em dinheiro para que escondessem o ocorrido: "Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram. E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje" (Mateus 28:13-15).

Por causa da rígida disciplina no exército, um guarda romano teria razões suficientes para temer as conseqüências de falta de cumprimento do dever. Certamente as punições viriam de um Pilatos furioso que os acusaria de dormirem durante o trabalho enquanto o corpo era roubado, isto representava a pena capital (a morte). Evidentemente os sacerdotes tinham influência sobre Pilatos e prometeram aos guardas que lhes protegeriam se eles mentissem. Suas promessas foram endossadas por uma grande quantia em dinheiro. Os sacerdotes não teriam tido que subornar uma guarda do templo que estava sob seu controle direto. O recurso utilizado, o suborno dos guardas, prova que o corpo de Jesus estava faltando e não havia sido, de fato, roubado.

O Professor Albert Roper (Roper, Albert. Did Jesus Rise from the Dead? - Jesus Ressuscitou dos Mortos - Grand Rapids: Zondervan Publishing House, copyright 1965) calcula o número dos guardas romanos entre dez e trinta e considera o selo no túmulo como o Selo Imperial de Roma (cuja violação teria acarretado na completa destruição do Império Romano). O Professor William Smith (Smith, William (ed.). Dictionary of Greek and Roman Antiquities. – Dicionário de Grego e Antiguidades Romanas -Rev.ed. London: James Walton and John Murray, 1870) nos informa que o número regular de guardas romanos era quatro. Destes, um sempre atuava como sentinela, enquanto os outros "desfrutavam de um certo descanso, prontos, é claro, para agirem ao primeiro alarme".

Mateus descreve o que aconteceu naquela noite enquanto o guarda estava em seu posto: "E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos" (Mateus 28:2-4).

8. O Sofrimento de Jesus:

Alguns dizem que Jesus não morreu numa cruz, mas simplesmente desmaiou. Depois que foi colocado no túmulo, ele recobrou os sentidos, levantou-se e saiu.

O que este argumento negligencia são os sofrimentos físicos pelos quais Jesus passou, antes e durante da crucificação, que os levaram à morte. Antes de ser levado como prisioneiro Jesus viajou a pé por toda a Palestina e é razoável admitir que Ele estava em boas condições físicas. Prevendo seu calvário, na noite de terça-feira no Getsêmani, Jesus sofreu grande angústia mental, e, como está descrito em Lucas, um médico, Ele suou sangue. Suar sangue é um fenômeno raro, mas pode ocorrer sob estados emocionais muito intensos e é o resultado de uma hemorragia no interior das glândulas sudoríparas. (William D. Edwards, MD; Wesley J. Gabel, MD; Floyd E. Hosmer, MS., AMI, "On the Physical Death of Jesus Cristo,"- Sobre a Morte física de Jesus Cristo, JAMA, March 21, 1986 - Vol 255, No. 11, p. 1455).

Depois de ser preso no Getsêmani pelos chefes dos sacerdotes, os oficiais do templo e os anciãos, seus algozes zombaram dele, vendaram Seus olhos e Lhe bateram. Eles Lhe perguntaram, "‘Logo, tu és o Filho de Deus?’ E ele lhes respondeu, ‘Vós dizeis que eu sou,’" (Lucas 22:70) e levantando toda a assembléia, levaram Jesus a Pilatos. E ali passaram a acusá-Lo, dizendo que Ele havia sido encontrado pervertendo a nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser Ele o Cristo, o Rei. Pilatos não viu culpa em Jesus e ao saber que ele era Galileu enviou-Lhe a Herodes. Herodes sentiu-se feliz ao ver Jesus, pois ele desejava ver algum sinal feito por aquele homem. Herodes interrogou Jesus por um longo tempo, mas Jesus nada respondeu. Jesus sofreu zombarias, puseram-lhe um manto luxuoso e Ele foi devolvido a Pilatos. Pilatos informou aos principais sacerdotes, às autoridades e ao povo que ele não havia encontrado culpa em Jesus. Por isso ele o puniria e o libertaria em seguida, mas eles gritavam que soltasse Barrabás e a crucificasse Jesus. Pilatos resolveu, então, atender o pedido da multidão.


O açoite legalmente precedia a toda execução romana. Eles usaram um chicote curto com muitas tiras trançadas ou simples tiras de couro. Estas tiras possuíam pequenas bolas de ferro ou pedaços afiados de ossos de ovelhas que dilaceravam a carne. As costas, as nádegas e as pernas foram açoitadas. O mecanismo de açoite objetivava enfraquecer a vítima até um estado de colapso ou morte. O sangramento resultava num estado de choque circulatório e determinava por quanto tempo a vítima sobreviveria na cruz.

Os soldados romanos cuspiram em Jesus e Lhe bateram na cabeça, colocando em Sua cabeça uma coroa de espinhos. Jesus estava tão fraco que os soldados tiveram que obrigar Simão, um cireneu, a carregar a cruz. Já que a cruz provavelmente pesava acima de 163 quilos, apenas a barra horizontal, pesando cerca de 40 a 68 quilos, foi carregada. Colocava-se sobre a nuca, no pescoço da vítima, e era equilibrada nos ombros.

Os romanos preferiam cravar as mãos da vítima na barra horizontal. Vestígios encontrados de uma vítima crucificada em um ossário próximo a Jerusalém datando do tempo de Cristo revelam que foram usados cravos de ferro de aproximadamente 12,5 a 17,5 centímetros de comprimento e 3/8 polegadas de grossura. Estes cravos atravessaram os pulsos e não as mãos. Os romanos também preferiam cravar os pés de suas vítimas.

O peso do corpo dependurado na cruz deixava os músculos intercostais em estado de inalação e gravemente impunha a exalação. Deste modo, a respiração se tornava bastante superficial, "Para uma respiração adequada a vítima teria que levantar o corpo sustentando-se sobre os pés, flexionar os cotovelos e aduzir os ombros. Entretanto, esta manobra colocaria todo o peso do corpo nos tarsos e produziria uma dor cauterizante. Além disso, a flexão dos cotovelos acarretaria na rotação dos pulsos sobre os cravos de ferro e resultaria em uma dor espantosa ao longo dos nervos intermediários já danificados. Levantar o corpo também rasparia dolorosamente as costas feridas pelo açoite contra as ásperas estacas de madeira. Acrescido ao sofrimento e desconforto ainda haviam as cãibras musculares e a paralisia dos braços estendidos e levantados. Como resultado, cada esforço para respirar tornava-se algo agonizante e de extrema fadiga, levando a vítima finalmente à asfixia." (JAMA, Março 21, 1986 - Vol 255, No.11, p.1461).

Dependendo da crueldade do flagelo a vítima sobrevivia na cruz por três a quatro horas ou até por três a quatro dias. Quando o flagelo era relativamente suave, os soldados romanos agilizavam a morte quebrando as pernas abaixo dos joelhos o que levava ao sufocamento da pessoa. Por costume, um dos guardas romanos também atravessaria o corpo da vítima pelo coração com uma lança ou espada.

O evangelho de João nos informa que, "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19:30). Para que os corpos não permanecessem na cruz no sábado, pediram a Pilatos que ordenasse que as pernas daqueles que não haviam morrido fossem quebradas. "Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água" (João 19:32-34).

Alegar que Jesus "desmaiou" em vez de morrer na cruz e mais tarde recobrou os sentidos no sepulcro, recuperando suas forças depois do extenuante trauma físico pelo qual tinha passado (incluindo ser trespassado por uma lança). Que foi capaz de remover sozinho uma pedra de duas toneladas e passar os quarenta dias seguintes ministrando a seus seguidores por toda a terra santa é totalmente absurdo e ridículo. Examinar a extensa prova histórica de sua ressurreição, atesta a Sua divindade e nos dá esperança de que se crermos Nele teremos a vida eterna, tal como Ele nos prometeu.

terça-feira, 22 de maio de 2012

"A Teoria da Sintonia fina"

 Como a precisao de um relógio e a sincronia em todo um conjunto de forças físicas que promovem a vida em nosso planeta..."Teoria da Sintonia fina"... O Universo é ajustado por números fundamentais chamados de “constantes”, por exemplo, a constante gravitacional, que é igual a aproximadamente 6,67 x 10^-11, ou o valor da carga elétrica do elétron (aproximadamente -1,6 x 10^-19). 

Segundo a teoria da Sintonia Fina, se estes (e outros) números fossem apenas um pouco diferentes, a vida não poderia surgir no Universo, pois, por exemplo, um elemento fundamental como o carbono não poderia ser sintetizado no interior de estrelas, ou as próprias estrelas poderiam não existir...

essa teoria esta certa e ja foi comprovada,ex: se a terra tivesse a rotação 10% mais veloz os ventos seriam de 140k\h a brisa!!
se fosse 10% mais lento o dia não teria áqua e a noite teriamos gelo!!
poxa a maioria das pessoas crê no que vê ou seja na midia que vem cheia de ideias evolucionistas velhas fora da validade!!! não acredite em tudo que ouve ou vê na tv 
existem 2.000.000 de variaveis perfeitamente calculadas para termos vida na terra!
as chances de acharmos um planeta só com 10% disso que não é suficiente para vida existir é de:
1
em
1.000.000.000.000!!!
Nós agora sabemos que universos que impedem a existência de vida são vastamente mais prováveis do que um universo que permite a vida como o nosso. Quanto mais provável? A resposta é que a chances de que o Universo deveria permitir a vida é tão infinitesimal que é incalculável e incompreensível. Por exemplo, Stephen Hawkins estimou que se a taxa de expansão do Universo tivesse sido menor mesmo em uma parte em 100.000.000.000[nota 1], o Universo teria entrado em colapso em uma grande "bola de fogo". Brandon [...] calculou que as chances contra as condições iniciais serem satisfatórias para a formação de estrelas, sem as quais os planetas não existiram, é de 1 seguido de mil bilhões de bilhões de zeros[nota 2] pelo menos. P.C.W. David estimou que uma mudança na força da gravidade, ou na força fraca, em apenas uma parte em 10 elevado à 100º potência teria impedido um universo que permita vida. Existem cerca de 50 destas constantes e quantidades presentes no Big Bang que precisam ser finamente sintonizadas para que o Universo permita a vida. Então improbabilidade é multiplicada por improbabilidade, por improbabilidade até a nossa mente estar realmente em números incompreensíveis. Não há uma razão física porque estas constantes e quantidades possuem os valores que eles têm. Paul Davis, um físico ex-agnóstico, comenta: "através do meu trabalho científico eu vim a acreditar mais e mais fortemente que o universo físico é posto conjuntamente com uma engenharia tão deslumbrante que eu não posso aceitar meramente com um fato bruto." Similarmente, Fred Hoyle marca: "uma intepretação de senso-comum dos fatos sugere que uma Super Intelecto tem uma ligação com a física", e Robert Jastrow, o cabeça da NASA Instituto Governamental para Estudos do Espaço, chamou isso de "o argumento mais poderoso para a existência de Deus jamais vindo da ciência".

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Jesus realmente existiu? Há alguma evidência histórica de Jesus Cristo?


Resposta:
Normalmente, quando se faz esta pergunta, a pessoa a perguntar a qualifica como “fora da Bíblia”. Não apoiamos essa idéia de que a Bíblia não possa ser considerada uma fonte de provas para a existência de Jesus. O Novo Testamento apresenta centenas de referências a respeito de Jesus Cristo. Há aqueles que datam a escritura dos Evangelhos no segundo século d.C., mais de 100 anos após a morte de Jesus. Mesmo que fosse este o caso (o que fortemente questionamos), em termos de provas antigas, escritos com menos de 200 anos depois de acontecimentos são considerados provas muito confiáveis. Além disso, a vasta maioria de estudiosos (cristãos ou não-cristãos) apoiam que as Epístolas de Paulo (pelo menos algumas delas) foram de fato escritas por Paulo no meio do primeiro século d.C., menos de 40 anos após a morte de Jesus. Em termos de manuscritos antigos que sirvam como provas, esta forte é extraordinária prova da existência de um homem chamado Jesus em Israel no começo do primeiro século d.C.

Também é importante reconhecer que no ano 70 d.C. os Romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, chacinando seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente incendiadas e desapareceram! Não deveríamos nos surpreender, então, que muitas das provas da existência de Jesus tenham sido destruídas. Muitas das testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes fatos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos de testemunhas oculares de Jesus.

Considerando o fato de que o ministério de Jesus foi altamente confinado a um lugar culturalmente atrasado e isolado, uma pequena vila do grande Império Romano, uma grande e surpreendente quantidade de informações sobre Jesus ainda pode ser extraída de fontes históricas seculares. Algumas das mais importantes provas históricas de Jesus Cristo incluem:

Tácito, romano do primeiro século, que é considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos (“nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo), que sofreram nas mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Seutônio, secretário chefe do Imperador Adriano, escreveu que houve um homem chamado Chrestus (ou Cristo) que viveu durante o primeiro século (“Anais” XV,44).

Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. Em seu Antiguidades Judaicas, se refere a Tiago: “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo.” Há um verso polêmico (XVIII,3) que diz: “Agora havia acerca deste tempo Jesus, homem sábio, se é que é lícito chamá-lo homem. Pois ele foi quem operou maravilhas... Ele era o Cristo... ele surgiu a eles vivo novamente no terceiro dia, como haviam dito os divinos profetas e dez mil outras coisas maravilhosas a seu respeito.” Uma versão diz: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).

Julio Africano cita o historiador Talo em uma discussão sobre as trevas que sucederam a crucificação de Cristo (Escritos Existentes, 18).

Plínio, o Jovem, em Epístolas 10:96, registrou práticas primitivas de adoração, incluindo o fato de que os cristãos adoravam Jesus como Deus e eram muito éticos, e inclui uma referência ao banquete do amor e a Santa Ceia.

O Talmude da Babilônia (Sanhedrin 43 a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa, e as acusações contra Cristo de usar magia e encorajar a apostasia dos judeus.

Luciano de Samosata foi um escritor grego do segundo século que admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi por eles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes, a importância da conversão e de negar outros deuses. Os Cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, e se caracterizavam por desdenhar da morte, por devoção voluntária e renúncia a bens materiais.

Mara Bar-Serapião confirma que Jesus era conhecido como um homem sábio e virtuoso, considerado por muitos como rei de Israel, executado pelos judeus, e que continuou vivo nos ensinamentos de seus seguidores.

Então temos os escritos Gnósticos (O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, etc.) todos mencionando Jesus.

De fato, podemos quase reconstruir o evangelho somente a partir de primitivas fontes não-cristãs: Jesus foi chamado Cristo (Josefo), praticou “magia”, conduziu Israel a novos ensinamentos, por eles foi pendurado na Páscoa (O Talmude da Babilônia) na Judéia (Tácito), mas afirmou ser Deus e que retornaria (Eliezar), no que seus seguidores creram – O adorando como Deus (Plínio, o Jovem).

Concluindo, há provas devastadoras da existência de Jesus Cristo, tanto na história secular quanto bíblica. Talvez a maior prova que Jesus realmente existiu seja o fato de que literalmente milhares de cristãos no primeiro século d.C., incluindo os 12 apóstolos, se desprenderam a ponto de dar suas vidas como mártires por Jesus Cristo. As pessoas morrerão pelo que crêem ser verdade, mas ninguém morrerá pelo que sabe ser uma mentira.

Copiado do link http://www.gotquestions.org/portugues/Jesus-existiu.html

sábado, 10 de março de 2012

O QUE É O "BATISMO DO ESPIRTO SANTO?"

Podemos definir o Batismo do Espírito Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece.

É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirma claramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos (recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são “uma fé” e “um Pai”.

Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpo de Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida (Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação do poder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Estudos Sobre os Anjos

Estudo sobre ANJOS

Pr. Adolfo Sarmento e Pra. Fátima Sarmento JesusSite

1 - ANJOS A palavra "anjo" (hb. Malak; gr. Angelos) significa "mensageiros". Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1:13,14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38:4?7; Sl 148:2,5; Cl 1:16). No Apocalipse os anjos são descritos como mensageiros de Deus, questionadores da verdade, libertadores de forças espirituais, guerreiros, portadores de oráculos, guardadores de cidade, soldados nas batalhas espirituais, anunciadores de juízo e adoradores incessantes na presença de Deus. 1.1 - AS ANJOS CAÍDOS A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1:31). Tendo livre?arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28:12?17;11 Pe 2:4; Jd 6; Ap 12:9 ) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12:4) que talvez possam ser identificados (após a sua queda) com os "principados", "potestades", "dominadores deste mundo tenebroso" e "forças espirituais do mal", conforme escreveu o apóstolo São Paulo no capítulo 6 de sua epistola aos Efésios. Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e a sua atmosfera circulante, onde operam limitados segundo a vontade de Deus Hoje, parte deles se acha presa em algemas eternas (II Pedro 2:4; Jd 6), aguardando o juízo do grande dia, enquanto que a outra parte habita as regiões celestes (Ef 6:12), e agem revelando constantemente sua inimizade contra Deus (Ap 12:7), e procuram a destruição do homem, causam-lhes males na alma (Jo 13:27; At 5:3; Ef 2:2,3), no corpo (Lc 13:11?16) e em suas possessões terrenas (Jó 1:12; Mt 8:3I,32I). A fúria dos anjos maus também está especialmente dirigida contra a Igreja de Cristo, portanto: a)continuamente procuram destruí-la por suas investidas em geral (Mt 16:18); b) tentam impedir os ouvintes de que aceitem os favores do Evangelho (Lc 8:12); c) disseminam doutrinas errôneas (Mt 13:25; I Tm 4:1), d) incitam a perseguição ao reino de Cristo (Ap 12:7). Contudo, diz a Bíblia que todos eles serão julgados (II Pe 2:4; Jd 6 ), e lançados no lago de fogo juntamente com Satanás (Mt 25:41; Ap 20:10,14 ), de onde jamais sairão. Nota - lendo Apocalipse 9, podemos ver que esses anjos e espíritos maus que estão no inferno, presos em algemas eternas, terão uma permissão breve para saírem do inferno e somarem esforços com Satanás na terra no período da Grande Tribulação. Eles terão a forma estranha de gafanhotos. São uma espécie de querubins do inferno, em todos os sentidos contrários aos seres vivos que estão diante do trono, no céu. 1.1.1 - OS ANJOS CAÍDOS OPÕEM-SE AOS SALVOS Depoimento Bíblico "A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." (Ef 6:12) O cristão está envolvido numa guerra de proporções inigualáveis, pois tem contra si uma força só superada pela força dos exércitos de Deus. Foi assim com os homens de Deus nos dias bíblicos, é hoje e continuará sendo até o arrebatamento da Igreja de Cristo. A oposição dos anjos de Satanás aos salvos manifesta-se de diferentes maneiras como podemos ver em seguida. a) Através de pessoas ímpias "Ele disse: Ide, e vede onde ele está, para que mande prende-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã. Então enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade. Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então o seu moço lhe disse: Ai! meu senhor! que faremos? Ele respondeu: Não temas: porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. (II Rs 6: 13-16) Nesta passagem Eliseu estava certo que os exércitos sírios, que vinham para prendê-lo, não estavam só; eles tinham a ajuda e o estímulo dos anjos de Satanás, pelo que Deus enviou os seus anjos em livramento do seu servo. "O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (II Rs 6:17 ). b) Opõem-se as orações dos santos "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia." (Dn 10:13) Dessa maneira o "príncipe" e "os reis da Pérsia" (referente aos anjos caídos que habitam as regiões celestes), lutaram por vinte e um dias para impedir a passagem do mensageiro do Senhor a Daniel. Podemos imaginar a força que esses agentes de Satanás possuem, não só para tentar impedir que as nossas orações subam até Deus, mas também para impedir que cheguem até nós as respostas de Deus às nossas orações. A oposição dos anjos maus aos crentes pode manifestar-se também por meio de diferentes tipos de tribulações e tentações, obstáculos à pregação do Evangelho, etc. Porém, é bom relembrar que, em todos os casos, esses anjos, ainda que agentes de Satanás, não podem ir além dos limites traçados pela permissão divina 1.1.2 - PODEROSOS, MAS TÃO TODO-PODEROSOS Os anjos maus são poderosos, mas não todo-poderosos. "Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. " (I Jo 4:4). Nem toda a força de Satanás, somada às forças de suas hostes, pode igualar-se à força espiritual que Deus põe à disposição de seus filhos. Diante do pavor de Geazi por causa do grande número de soldados do exército sírio que cercava Samaria, respondeu o profeta Elizeu: "... mais são os que estão conosco do que estão com eles." (II Re 6:16) No capítulo 1 de Efésios lemos que Deus ressuscitou a Jesus Cristo e o fez "sentar á direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestades, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro e por todas as coisas debaixo dos seus pés... " ( vv. 20-22 ). Lemos ainda em Efésios 2:6,7: "... e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco, em Cristo Jesus ". Agora, compare estas duas passagens com Efésios 6:12, e veja que, se Cristo tem os principados, potestades e demais anjos maus sob seus pés, e se a Igreja está assentada com Cristo, e se fazemos parte da Igreja de Cristo, conclui-se que temos todas as forças do mal sob nossos pés. Não por aquilo que somos em nós mesmos, mas pela posição que temos em Cristo. 1.2 - O EXÉRCITO DE DEUS Os anjos que mantiveram sua integridade pessoal e lealdade a Deus, foram confirmados em santidade; sua obediência se tornou habitual e sua bondade se tornou qualidade de seu caráter. Por isso a Bíblia os chama de "santos anjos". Sua santidade, à semelhança da santidade de Deus, não é apenas uma inseção de toda impureza moral, mas, antes, o conjunto de todas as excelências morais. Essas excelências, infinitas que são no caráter de Deus, são finitas no caráter dos anjos, visto que estes são simples criaturas. Eles, contudo, são exatamente aquilo que Deus quer que sejam. Brilham sua imagem moral e refletem sua glória. Por isso exclamam com reverente respeito: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória" (Is 6:3). Possuem um senso de apreciação da santidade do Altíssimo, e sentem por essa santidade intensa admiração, pois são seres santos. A Bíblia fala numa vasta hoste de anjos bons ( I Rs 22:19; Sl 68:17; 148:2; Dn 7:9,10; Ap 5:11 ), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras: Miguel (Dn 12: 1; Jd 9; Ap12:7) e Gabriel (Dn 9:21; Ic1:19,26 ). Segundo parece, os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (lit.: "anjo principal", Jd 9; 1 Ts 4:16 ); há serafins (Is 6:2), querubins (Ez 10:1-3), anjos com autoridade e domínio (Ef 3- 10; Cl 1:16) e as miríades de espíritos ministradores angelicais (Hb 1:13,14; Ap 5:11) Nota - Miguel é o nome do arcanjo. Foi ele o defensor de Judá (Dn 10:13-21; 12:1). Contendeu com o diabo a respeito do corpo de Moisés (Jd 9). Luta com Satanás em favor da Igreja (Ap 12:7). Estará com Cristo quando Ele vier, e sua voz ressucitará os mortos (1 Ts 4:16 ). Gabriel ( lit. "Poderoso de Deus"ou "Deus mostrou-se poderoso" ) é um dos mais destacados anjos e aparece a Daniel (Dn 8:16; 9: 21), a Zacarias (Lc 1:19) e a virgem Maria (Lc 1:26 ). É um dos príncipes angélicos. Como seres espirituais, os anjos bons louvam a Deus (Hb 1:6: Ap 5:11; 7:11), cumprem a sua vontade (Nm 22:22; Sl 103:20 ), vêem a sua face (Mt 18:10), estão em submissão a Cristo (1 Pe 3:22), são superiores aos seres humanos (Hb 2:6,7) e habitam no céu ( Mc 13:32; Gl 1:8 ). Não se casam (Mt 22:30 ), nunca morrerão (Lc 20:34-36) e não devem ser adotados (Cl 2:l8; Ap 19:9,10). Podem aparecer em forma humana, geralmente como moços, sem asas cf. (Gn 18:2,16; 19:1; Hb 13:2). Nota - Em Atos 16:9b, Paulo está incerto para onde ir, e , à noite, tem uma visão, na qual um varão macedônio se apresenta a ele e lhe diz: "...Passa à Macedônia, e ajuda-nos." Muitos teólogos acreditam que essa visão de Paulo foi de um anjo. Isto porque, chegando á Filipos - cidade da Macedônia - uma mulher chamada Lídia se converte (At 16:14 ), uma jovem possessa de espíritos de adivinhação é liberta (At 16:16-18 ), o carcereiro da prisão onde ficaram presos, Paulo e Silas se converte (At 16:29,30 ), uma igreja é estabelecida (At 17: 4), e , em virtude de todas essas coisas, o ministério de Paulo toma um novo rumo, devido ao atendimento do pedido feito para ir á Macedônia. Os anjos executam numerosa atividades na terra,, cumprindo ordens de Deus. Desempenhando uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés (At 7:38: Gl 3:19, Hb 2:2) Seus deveres relacionam-se principalmente com a obra redentora de Cristo (Mt 1:20-24; 2:13; 28:2; Lc 1:2; At 1:10; Ap 14: 6,7). - Regozijam-se por um só pecador que se arrepende (Lc 15:10 ); - Servem em prol do povo de Deus (Dn 3:25; 6:22; Mt 18:10; Hb 1:14); - Observam o comportamento da congregação dos cristãos (I Co 11:10; Ef 3:10; ITm 5:21); - São portadores de mensagens de Deus (Zc 1:14-17; At 10:1-8; 27:23,24 ); - Trazem respostas as orações (Dn 7:15,16); - Ás vezes, ajudam a interpretar sonhos e visões proféticos (Dn 7:15,16 ); - Fortalecem o povo de Deus nas provações (Mt 4:11; Lc 22:43 ); - Protegem os santos que temem a Deus e se afastam do mal (Sl 34:7; 91:11; Dn 6:22; At 12:7-10 ); - Castigam os inimigos de Deus (II Rs 19:35; At 12:23; Ap 14:17 ); - Lutam contra as forças demoníacas (Ap 12:7-9; Jd 9 ); - Conduzem os salvos ao céu (Lc 16:22); - Atuam como pré-evangelizadores, "preparadores de terreno" espirituais, tal como é narrado em Atos 10:3,4, quando Cornélio tem o coração preparado para receber a palavra que Pedro lhe traria, através de urna ação pré-evangelizadora de um anjo. - São algozes dos prepotentes (At 12:21-23 ); - Intercessores de campos missionários (At 8:26; At 8:4-8; At 16:9b); Durante os eventos dos tempos do fim, a guerra se intensificará entre Miguel, com os anjos bons, e Satanás, com suas hostes demoníacas (Ap 12:7-9). Anjos acompanharão a Cristo quando Ele voltar (Mt 24:30,31) e estarão presentes no julgamento da raça humana (Lc 12:8,9 ). 2 - O ANJO DO SENHOR É mister fazer menção especial ao "Anjo do Senhor" ( às vezes, "o Anjo de Deus" ), um anjo incomparável que aparece no AT e no NT. Seu primeiro aparecimento foi a Agar, no deserto (Gn 16:7); outros aparecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e mais tarde em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Josué (Js 5:13-15, onde o príncipe do exército do Senhor é mais provavelmente o Anjo do Senhor), Gideão (Jz 6:11), Davi (I Cr 21:1 ), Elias (II Rs 1:3-4), Daniel (Dn 6:22 ) e José (Mt 1:20; 2:13). O Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes ás dos anjos, em geral. Às vezes, simplesmente trazia mensagens do Senhor ao seu povo (Gn 22:15-18; 31:11-13; Mt 1:20). Noutras ocasiões, Deus enviava o seu anjo para suprir as necessidades dos seus (I Rs 19:5-7 ), para protege-los do perigo (Êx 14:19; 23:20; Dn 6:22) e, ocasionalmente, destruir os seus inimigos (Êx 23:23; 11Rs 19:34,35; Is 63:9). Quando o próprio povo de Deus rebelava-se e pecava grandemente, este anjo podia ser usado para destruí-lo (II Sm 24:16,17). A identidade do Anjo do Senhor tem sido debatida, especialmente pelo modo como ele freqüentemente se dirige às pessoas. Note os seguintes fatos: - Em Jz 2:1, o Anjo do Senhor diz: "Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto convosco." Comparada esta passagem com outras que descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do concerto das israelitas. Foi Ele quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra de Canaã (Gn 13:14-17; 17:8; 26:2-4; 28:13 ); Ele jurou que esse concerto seria eterno( Gn 17:7), Ele tirou os israelitas do Egito (Êx 20:1,2) e Ele os levou à terra prometida (Js 1:1,2 ). - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, este prostou-se e o adorou (Js 5:14). Essa atitude tem levado muitos a crer que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap 19:10; 22:8,9). - Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça ardente disse, em linguagem bem clara: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó."(Êx 3:6). Porque o Anjo do Senhor está tão estreitamente identificado com o próprio Senhor, e porque ele apareceu em forma humana, alguns consideram que ele era uma aparição do Cristo eterno, Segunda pessoa da Trindade, antes de nascer da virgem Maria. 3 - REFERÊNCIAS BÍBLICAS 3.1 - OS ANJOS TIVERAM PRESENTES EM GRANDE PARTE DA VIDA DE JESUS Um anjo anunciou o nascimento de João (Lc l:1-17); E deu-lhe o nome ( Lc 1:13); Um anjo anunciou a Maria o nascimento de Jesus (Lc 1:26-37); Um anjo anunciou a José esse mesmo nascimento (Mt 1:20,21 ); E deu-lhe o nome (Mt 1:21); Anjos anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus (Lc 2:8-15 ) E cantaram aleluias (Lc 2:13,14); Um anjo dirigiu Sua fuga para o Egito e no regresso (Mt 2:13-20); Anjos serviram a Jesus depois da tentação (Mt4:11; Mc 1:13); Um anjo esteve com Jesus, na agonia do Getsémane (Lc 22:43 ); Um anjo removeu a pedra do sepulcro (Mt 28:2); E anunciou a ressurreição ás mulheres (Mt 28:5-7 ); Dois anjos apresentaram o Salvador ressurreto a Maria Madalena (Jo 20:11-14). 3.2 - JESUS DISSE MUITAS COISAS A RESPEITO DOS ANJOS Falou em anjos que subiam e desciam sobre Ele (Jo 1:51 ); Disse poder contar com 12 legiões de anjos para O livrarem (Mt 26:53); Os anjos estarão com Ele, quando voltar (Mt 25:31; 31:27; Mc 8:38; Lc 9;26); Os anjos serão os ceifeiros (Mt 13:39); Ajuntarão os eleitos (Mt 24:31); E separarão os ímpios dos justos (Mt 13:41,49); Anjos conduziram o mendigo para o seio de Abraão (Lc 16:22 ); Os anjos se alegram com o arrependimento dos pecadores (Lc 15:10); As crianças têm anjos que as guardam (Mt 18:10 ); Jesus confessará os Seus perante os anjos (Lc 12:8 ); Os anjos não têm sexo e não morrem (Lc 20:35,36; Mt 22:30); O diabo tem anjos malignos (Mt 25:41), Foi o próprio Jesus quem disse estas coisas. As declarações de Jesus a respeito dos anjos foram de tal modo específicas, variadas e abundantes que, explicá-las sob a teoria de que Ele estava apenas se acomodando ás crendices do povo, é enfraquecer a validade de quaisquer palavras de Jesus, como verdades que são. 3.3 - NO LIVRO DOS ATOS Um anjo abriu as portas da prisão aos apóstolos (At 5:19); Um anjo encaminhou Filipe ao oficial etíope (At 8:26 ); Um anjo soltou Pedro da prisão (At 12:7-9); E foi chamado "seu" anjo, (At 12:15), anjo da guarda de Pedro; Um anjo feriu Herodes de Morte (At 12:23 ); Um anjo orientou Cornélio em mandar buscar Pedro (At 10:3); Um anjo esteve com Paulo, durante a tempestade (At 27;23 ) 3.4 - ANJOS NO ANTIGO TESTAMENTO Um anjo socorreu Hagar (Gn 16:7-12); Anjos anunciaram o nascimento de Isaque (Gn 18 -15 ); E a destruição de Sodoma (Gn 18:16-33); Anjos destruíram Sodoma e salvaram Ló (Gn 19:1-19); Um anjo impediu a morte de Isaque (Gn 22:11,12); Anjos guardaram Jacó (Gn 28:12; 31:1 l; 32: l; 48:16); Um anjo comissionou Moisés a redimir Israel (Êx 3:2); Um anjo guiou Israel no deserto (Êx 14:19; 23:20-23; 32:34); Um anjo dirigiu os esponsais (contrato de noivado) de Isaque e Rebeca (Gn 24:7); A Lei foi dada por anjos (At 7:38,53; Gl 3:19; Hb 2:2); Um anjo repreendeu Balaão (Nm 22:31-35 ); Um "príncipe do exército do Senhor"apareceu a Josué (Js 5:13-15); Um anjo repreendeu os israelitas por sua idolatria (Jz 2:1-5); Um anjo comissionou Gideão a livrar Israel (Jz 6:11-40); Um anjo anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13); Um anjo feriu o exército assírio (II Rs 19:35; Is 37:36); Um anjo acudiu Elias quando este fugia de Jezabel (I Rs 19:5-8); Eliseu esteve cercado de anjos invisíveis (II Rs 6:14-17); Um anjo livrou Daniel dos leões (Dn 6:22); Anjos acamparam-se em redor do povo de Deus (Sl 34:7; 91:11); Anjos ajudaram Zacarias a escrever (Zc 1:9; 2:3; 4:5) etc., 3.5 - ANJOS NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE Há anjos eleitos (I Tm 5:21); Os anjos são "inumeráveis" (Hb 12:22; Ap 5:11); Ministram a favor dos herdeiros da salvação (Hb 1:13,14); Virão com Jesus em chama de fogo (II Ts 1:7); Um anjo dirigiu a redenção do Apocalipse (Ap 1:1); As Igrejas têm anjos que as aguardam (Ap 1:20; 2:8,12,18; 3:1,7,14); O livro do Apocalipse em grande parte é um drama de anjos. Os anjos não devem ser adorados (Cl 2:18; Ap 22:8,9 ); Há diferentes ordens de anjos com diferentes categorias e dignidades. São organizados em "principados, poderes, tronos, domínios"(Rm 8:38; Ef 1:21; 3:10; Cl 1:16; 2:15;1 Pe 3:22); Ocasionalmente a palavra "anjo" parece se referir a forças da natureza. Mas em geral significa ineqüivocamente personalidades do mundo invisível. Tanto se fala na Bíblia a respeito do ministério dos anjos que somos constrangidos a crer que Deus se serve deles, em parte, para executar a Sua vontade no governo do universo. ANJOS - SERES CRIADOS Serão os anjos seres reais? A Bíblia nos diz que são tão reais quanto você e eu. São uma raça de seres superiores, com importante missão. Eles ocupam um lugar proeminente nas escrituras, sendo mencionados mais de 300 vezes!! Sabemos pelo Salmos que Deus os criou. ANJOS CAÍDOS Você sabe há quanto tempo existiam os anjos antes de a Terra ter sido criada? Ninguém sabe. Poderiam ter estado presentes milhões de anos atrás. Satanás foi um dos anjos ministeriais de Deus. Na realidade ele teve um dia domínio sobre a Terra, tempo esse em que era chamado de "Lúcifer, filho da manhã ". "Como caístes do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações" (lsaías 14:12). Antes de sua queda Satanás era um querubim ungido, que provavelmente dirigia os louvores angelicais no Jardina do Éden: "Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: (...) te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus (...) Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti" (Ezequiel 28:13-15). A quantidade de anjos que não caíram é "inumerável ", de acordo com Hebreus 11:22. Também nos é revelado que um terço dos anjos (chamados de "estrelas" no livro de Apocalipse) se rebelaram e caíram junto com Satanás: "Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, sete diademas. A sua calda a terça parte das estrelas do céu, as quais, lançou para a terra (..) " (Apocalipse 12:3,4) A Bíblia nos diz que foi para estes anjos que Deus criou o inferno: "Então o rei dirá também aos que estiverem a sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno preparados para o diabo e seus anjos" (Mateus 25:4) OS ANJOS E SUAS CATEGORIAS A partir da queda de Satanás travou-se uma guerra constante entre as forças do mal e Deus. Como em qualquer guerra, os "exércitos" em ambos os lados são dispostos em ordem específicas. Esta "corrente de comando" de anjos é observada em várias partes da Bíblia. Paulo menciona algumas categorias gerais na sua carta aos Efésios: "A cima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro" (Efésios l:21). Não há somente guerra entre anjos do bem e do mal. Paulo no relata que nós estamos envolvidos em guerras espirituais contra Satanás e seus exército de anjos. "... porque nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Como "lutamos" contra esses seres espirituais poderosos? Nossa "luta" tem o propósito de nos manter firmes na vitória que Jesus alcançou por nós. Paulo disse que devemos nos apossar do que ele proveu para nossa vitória completa: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal, e, depois de teres vencido tudo, permaneceis inabaláveis. Estais, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos com a couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamado do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito(...)" (Efésios 6:13-18) Estamos envolvidos numa luta de anjos o tempo todo. Temos que estar prevenidos contra qualquer coisa que o diabo nos lance, conservando nossas verdades firmes, enraizadas. Isto significa que não estamos envolvidos em nenhuma doutrina falsa, ou ensinamentos superficiais. Precisamos nos rodear da Palavra. Necessitamos também da couraça da Justiça. É importante que nos examinemos e tenhamos a certeza de que estamos caminhando segundo a Justiça. Onde há pecado ou carnalidade o diabo encontra uma maneira de aproximar de nós com intenção de nos destruir o testemunho e o caminhar cristão. Paulo menciona o "escudo da fé". Se não nos mantivermos firmes na fé cairemos, ao sermos atingidos por algum tipo de pressão. É essencial conservar sempre nosso capacete da salvação alimentando pensamento de Deus e avaliando tudo segundo a sua Palavra. Não temos que perguntar: "O que o jornal diz a respeito desta situação? " ou: "O que Dan Rather opina sobre este problema? " e sim: "O que a palavra de Deus declara sobre esta circunstância? " Certa vez um homem me perguntou se eu colocava diariamente minha armadura. Respondi: "Eu não atiro nunca!!" Estamos sempre envolvidos em conflitos. Não temos que esperar até sermos atacados pelo inimigo, para só então nos lembrar dela!! ANJOS ELEITOS Os anjos que não se rebelaram contra Satanás são chamados de anjos eleitos: "Conjuro-te perante Deus e Cristo Jesus e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos sem prevenção, nada fazendo com parcialidade" (1 Tm 5:21). Lembre que para cada anjo caído existe dois anjos eleitos. Isto significa que a batalha pode ser a pior possível, com inúmeros ataques provenientes da atividade demoníaca. Contudo os anjos de Deus são infinitamente mais capazes de vir em seu auxílio e vencer as forças das trevas. SERAFIM Os serafins são uma categoria bem superior de anjos. No hebraico serafim significa "queimando, furioso" ou "exaltada, alto". Eles ardem, em sua imensa dedicação ao Senhor. Esta devoção fervorosa a Deus pode ter sido resultado da elevada e exaltada posição no Trono. Isaías é o único escritor bíblico que menciona estas criaturas fantásticas. "No ano da morte do rei Uzias eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as asas de suas vestes enchiam o trono. Serafins estavam por cima dele; cada uma tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam e clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, toda terra está cheia de sua glória" (Isaías 6:1-3). O que parece é que os serafins supervisionam o louvor a Deus. Eles proclamam sua santidade. Podemos ser alçados até o lugar do trono de Deus, louvando e exaltando sua santidade em nossa vida. QUERUBIM A primeira menção a uma ordem de anjos é à dos querubins. Vemo-los guardando a entrada no Jardim do Éden, após a expulsão de Adão e Eva. "E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden, e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3: 24). A outra referência aos querubins, e sua descrição, acontece no relato da decoração do tabernáculo. "Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório" (Êxodo 25:18, 20). Nem todos os anjos tem asas, mas os querubins - assim diz a palavra - as tem, e elas cobrem o propiciatório. Eles parecem estar intimamente ligados à presença Deus e nossa redenção. Ezequiel os menciona no capitulo 10, bem como João, no livro do Apocalipse, capitulo 4, chamando-os de "criaturas vivas". ARCANJO A Bíblia identifica o arcanjo como "chefe " (significado de "arqui"). Apesar de ser possível que existam outros (Gabriel pode ser um deles), Miguel é o único arcanjo mencionado pelo nome: "Contudo o arcanjo Miguel quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: o Senhor te repreenda" (Judas 9) Miguel significa: "quem é como Deus? " Sabemos por Daniel (10:13) que Miguel é " .... um dos primeiros príncipes (-) " Estas autoridades angelicais estão constantemente envolvidas em lutas em defesa de povo de Deus. Miguel contendeu com o diabo em relação ao corpo de Moisés. Nós o vemos novamente batalhando com o diabo no livro de Apocalipse: "Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos, todavia não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles." (Apocalipse 12: 7,8) Miguel parece ter um interesse muito especial pela nação de Israel. Durante a grande tribulação ele lutará em favor dos Judeus: "Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo, mas naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro" (Daniel 12:1) ANJOS DA GUARDA O escritor de Hebreus, Novo Testamento, nos diz que Deus indicou anjos para ministrar aos herdeiros da salvação: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviços, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hebreus 1:14) Você é herdeiro da salvação? Está na guarita da fé? Então você tem anjos especiais para você. Os anjos da guarda nos provam como Deus nos ama, e como está sempre fazendo tudo para atender as nossas necessidades, preparando-nos e assistindo-nos em todas as situações e circunstâncias. Esses anjos ficam apenas observando o que acontece? Não!! Eles são enviados para ministrar-nos. O Salmo 34 nos revela uma das coisas que fazem em nosso beneficio: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra" (Salmos 34:7) O que os anjos fazem? Eles nos livram sempre que necessário. O Salmo 91:11 revela que é sua missão proteger-nos em todos os momentos. Sua tarefa é cuidar de nós e dar-nos proteção. Os Israelitas tinham seu anjo da guarda. Foi ele que os ajudou a entrar na terra prometida. Deus disse que lutaria: "Enviarei um anjo diante de ti, lançarei fora os Cananeus, e os Amorreus, e os Heteus e os Ferezeus, e os Heveus e os Jebuzeus" (Êxodo 33:2) Quando obedecemos a Deus os anjos lutam por nós. Não gosto da figura que deles pintam: cabelos louros, longos, e harpa nas mãos. Não acredito que todos carreguem harpa. O que penso é que se mantém sempre ocupados, protegendo-nos e guardando-nos. Você já leu a sua viagem de Paulo a sua viagem a Roma? Em certos momentos parecia que o navio ia afundar (Atos 27). Contudo um anjo veio e garantiu ao apóstolo que nenhuma vida se perdia tia tempestade. De onde surgiu? Era o anjo dia guarda de Paulo. Anjos da guarda estavam presentes ali, porque Paulo se encontrava no navio, e todos se beneficiaram com a sua presença. BIBLIOGRAFIA: 1. ANJOS, HOMEM E PECADO - O Relacionamento das Criaturas Com o Criador, Raimundo F. de Oliveira, 2ª Edição, 1989. 2. BATALHA ESPIRITUAL - Discernindo os agentes espirituais no dia-a-dia; Caio Fábio D' Araújo Filho, 1ª Edição, 1996. 3. BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - Almeida Revista e Corrigida; Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Edição de 1995. 4. MANUAL BÍBLICO - H. H. Halley, tradução David A. de Mendonça, Edição Vida Nova, 4ªEdição - 1994, Reimpressão - 1995.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Merecem confiança os livros Apócrifos

Por Paulo Cristiano

A Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II, declarou que “Ela (a igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim”.

Nós, cristãos evangélicos, rejeitamos a tradição como regra de fé. Quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento inclui uma série de livros chamados “Apócrifos”, os quais não aparecem nas versões evangélica e hebraica da Bíblia. O resultado disto foi que, na opinião popular dos católicos, existem duas Bíblias: uma católica e outra protestante. Mas semelhante asseveração não é certa. Só existe uma Bíblia, uma Palavra (escrita) de Deus.

Apócrifos, o que significa?

No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido de “esotérico” ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como “pseudepígrafos”.

Como os apócrifos foram aprovados

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes se opunham violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.

Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e o Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Mas, após 1629, as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e “induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições”. Melhor assim. Tinham em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo.

Há várias razões porque rejeitamos os apócrifos. Eis algumas delas:

Não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivesse autoridade divina.

Historicidade

A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro ramos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, preocupou-se em enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Muitos livros foram traduzidos para o grego. Segundo um relato de Josefo, o sumo sacerdote de Jerusalém, Eleazar, enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo.

Essa tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos livros apócrifos foram acrescentados ao texto grego como apêndice do Velho Testamento. Mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.

Depois de referir-se aos cinco livros de Moisés, aos treze livros dos profetas e aos demais escritos (os quais “incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens podem pautar suas vidas”), ele continua afirmando: “Desde Artaxerxes (sucessor de Xerxes) até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tanto crédito quanto aquilo que precedeu a esta época, visto que a sucessão dos profetas cessou. Mas a fé que depositamos em nossos próprios escritos é percebida através de nossa conduta; pois, apesar de ter-se passado tanto tempo, ninguém jamais ousou acrescentar coisa alguma a eles, nem tirar deles coisa alguma, nem alterar neles qualquer coisa que seja”.

Testemunho dos pais da Igreja

ORÍGENES: No terceiro século a.D., Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento, preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25. Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e do Texto Massorético), inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão “fora desses [livros canônicos]”.

TERTULIANO: Tertuliano (160-250 d.C.) era aproximadamente contemporâneo de Orígenes. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro.

HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois.

ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Ester.

JERÔNIMO: Jerônimo (340-420. a.D.) fez a seguinte citação: “Este prólogo, como vanguarda, com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em hebraico; o Segundo foi escrito em grego, conforme testifica sua própria linguagem”.

MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C.

“Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio, Josué, filho de Num, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, os dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria, Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Jó, os profetas Isaías, Jeremias, os doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras”.

É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Ester. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os apócrifos!

As heresias dos apócrifos

TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.

Apresenta:
• justificação pelas obras – 4.7-11; 12.8.
• mediação dos Santos – 12.12
• superstições – 6.5, 7-9,19
• um anjo engana Tobias e o ensina a mentir – 5.16 a 19

JUDITE - (150 a.C.) É a história de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Mas é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.

Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos – 3.4.

ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:

• justificação pelas obras – 3.33, 34.
• trato cruel aos escravos – 33.26 e 30; 42.1 e 5.
• incentiva o ódio aos samaritanos – 50.27 e 28

SABEDORIA DE SALOMÃO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).

Apresenta:

• o corpo como prisão da alma – 9.15
• doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma – 8.19 e 20
• salvação pela sabedoria – 9.19

1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de três irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período interbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.

2 MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação de 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.

Apresenta:

• a oração pelos mortos – 12.44 - 46
• culto e missa pelos mortos – 12.43
• o próprio autor não se julga inspirado –15.38-40; 2.25-27.
• intercessão pelos santos – 7.28 e 15.14

Adições a Daniel:

Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.

Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.

Capítulo 3.24-90 - o cântico dos três jovens na fornalha.

Lendas, erros e outras heresias:

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas

- Tobias 6.1-4 - “Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse-lhe: Pega-lhe pelas guelras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés”.

2. Erros históricos e geográficos

Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos apócrifos são freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo: o erudito bíblico DL René Paehe comenta: “Exceto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1 Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo, Sabedoria de Salomão). Tobias contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomada por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus]. Há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão.”

3. Ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de exorcismo

Tobias 6.5-9 - “Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até que chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirá estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão”.

Este ensino de que o coração de um peixe tem poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre superstição.

4. Ensinam que esmolas e boas obras limpam os pecados e salvam a alma

a) Tobias 12.8, 9 - “É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna”.

b) Eclesiástico 3.33 - “A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”.
A salvação por obras destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador.

5. Ensinam o perdão dos pecados através das orações

Eclesiástico 3.4 - “O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias”.

O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado.

6. Ensinam a oração pelos mortos

2 Macabeus 12.43-46 - “e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”.

É nesse texto de um livro não canônico que a Igreja Católica Romana baseia sua doutrina do purgatório.

7. Ensinam a existência de um lugar chamado purgatório

Sabedoria 3.1-4 - “As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade”.

A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na última parte desse texto. Afirmam os católicos que o tormento em que o justo está é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade. Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo.

8. Tobias 5.15-19

“E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de que tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração”.

Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus foram verdadeiros quando lhes perguntado a sua identidade. Veja Lucac 1.19.

Decisão polêmica e eivada de preconceito

Resumindo todos esses argumentos, essa postura afirma que o amplo emprego dos livros apócrifos por parte dos cristãos desde os tempos mais primitivos é evidência de sua aceitação pelo povo de Deus. Essa longa tradição culminou no reconhecimento oficial desses livros, no Concílio de Trento, como se tivessem sido inspirados por Deus. Mesmo não-católicos, até o presente momento, conferem aos livros apócrifos uma categoria de paracanônicos, o que se deduz do lugar que lhes dão em suas Bíblias e em suas igrejas.

O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C. Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da história. A decisão desse Concílio foi polêmica e eivada de preconceito.

Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, o que se comprova pelos seguintes fatos:

1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.

2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.

3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canonicidade.

4. Nenhum concílio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV.

5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.

6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.

7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se fossem Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados segundo os critérios elevados de canonicidade estabelecidos, verificamos que aos livros apócrifos faltam:

1. Os apócrifos não reivindicam ser proféticos.

2. Não detêm a autoridade de Deus. O prólogo do livro apócrifo Eclesiástico (180 a.C.) diz: “Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua sabedoria, visto não somente os autores destes discursos tiveram de ser instruídos, também os próprios estrangeiros se podem tomar (por meio deles) muito hábeis, tanto para falar como para escrever. Por isso, Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma coisa acerca da doutrina e sabedoria... Eu vos exorto, pois, a ver com benevolência, e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a perdoar-nos, se algumas vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões”. Este prólogo é um auto-reconhecimento da falibilidade humana. (grifo acrescentado)

Diante de tudo isso, perguntamos: “Merecem confiança os livros Apócrifos?” A resposta obvia é: NÃO!

Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento

Há quinze livros chamados apócrifos (quatorze, se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

Significado das palavras cânon e canônico

CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica “qãneh” em Ez 40.3; e no grego: “kanón”, em Gl 6.16") tem sido traduzido em nossas versões em português como “regra”, “norma”. Literalmente, significa vara ou instrumento de medir.

CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66 livros da Bíblia hebraica e evangélica.

Significado da palavra Pseudoepígrafado

Literalmente significa “escritos falsos” - Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim, não-canônicos, embora também contenham ensinos errados ou hereges.

Diferença entre as Bíblias hebraicas, protestantes e católicas

1. Bíblia hebraica [a Bíblia dos judeus]

a) Contém somente os 39 livros do VT

b) Rejeita os 27 do NT como inspirado, assim como rejeitou Cristo.

c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católica Romana).

2. Bíblia protestante

a) Aceita os 39 livros do VT e também os 27 do N.T.

b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos.

3. Bíblia católica

a) Contém os 39 livros do VT e os 27 do N.T.

b) Inclui, na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.

A seguir, a lista dos que se encontravam na Septuaginta:

1. 3 Esdras

2. 4 Esdras

3. Oração de Azarias

4. Tobias

5. Adições a Ester

6. A Sabedoria de Salomão

7. Eclesiástico (Também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque).

8. Baruque

9. A Carta de Jeremias

10. Os acréscimos de Daniel

11. A Oração de Manassés

12. 1 Macabeus

13. 2 Macabeus

14. Judite

Bibliografia:

1. Merece Confiança o Antigo Testamento?, Gleason L. Archer. Jr. Ed. Vida Nova.
2. Introdução Bíblica, Norman Geisler e William Nix. Ed. Vida.
3. Panorama do Velho Testamento, Ângelo Gagliardi Jr. Ed. Vinde.
4. O Novo Comentário da Bíblia vol I, vários autores. Ed. Vida Nova.
5. Evidência Que Exige um Veredicto vol I, Josh McDowell. Ed. Candeia.
6. Os Fatos sobre “O Catolicismo Romano”, John Ankerberg e John Weldon. Ed. Chamada da Meia-Noite.
7. O Catolicismo Romano, Adolfo Robleto. Ed. Juerp.
8. Estudos particulares de, Pr. José Laérton - IBR Emanuel - (085) 292-6204.(internet)
9. Estudos particulares de, Paulo R. B. Anglada.(internet)
10. Teologia Sistemática, Green. Ed. Vida Nova.