UM DESEJO ARDENTE

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia

GÊNESIS 1:1 - Como o universo pode ter tido um "princípio", se a ciência moderna diz que a energia é eterna?
PROBLEMA: De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica: "a energia não pode ser criada, nem destruída". Sendo assim, então, o universo é eterno, já que ele é feito de energia, que é indestrutível. Entretanto, a Bíblia indica que o universo teve um "princípio" e que não existia antes de Deus o ter criado (Gn 1:1). Não é isto uma contradição entre a Bíblia e a ciência?
SOLUÇÃO: Há um conflito de opiniões aqui, mas na realidade não há contradição alguma. A evidência dos fatos indica que o universo não é eterno, mas que realmente teve um princípio, tal como a Bíblia diz. Algumas observações são relevantes para entendermos esta questão.
Em primeiro lugar, a Primeira Lei da Termodinâmica, com freqüência, é incorretamente enunciada com a expressão: "a energia não pode ser criada". Entretanto, a ciência baseia-se na observação, e afirmações como esta - que diz que a energia não pode ser criada - não se baseiam na observação (como qualquer afirmação que use "pode" ou "não pode"), mas são afirmações dogmáticas. A Primeira Lei da Termodinâmica deveria ser corretamente enunciada da seguinte maneira: "[Até o ponto em que se pode observar] o total de energia presente no universo permanece constante". Ou seja, pelo que se sabe, a quantidade total de energia presente no universo não está diminuindo nem aumentando. Posto desta forma, a Primeira Lei não faz referência alguma quanto à origem da energia nem quanto ao tempo em que ela está presente no universo. Assim, ela não contradiz a declaração de Gênesis de que Deus criou o universo.
Em segundo lugar, outra lei científica perfeitamente aceita é a Segunda Lei da Termodinâmica. Ela afirma que "o total da energia utilizável no universo está diminuindo". De acordo com esta lei, o universo está decaindo. Sua energia está sendo transformada em calor, que não é utilizável. Sendo assim, o universo não é eterno, porque, se o fosse, a sua energia utilizável já se teria esgotado há muito tempo. Ou, em outras palavras, se o universo está se desfazendo (tendo a sua energia degradada), então houve um tempo em que toda a energia foi feita. Se houvesse uma quantidade infinita de energia, ela não estaria decaindo no universo. Portanto, o universo teve um princípio, tal como Gênesis 1:1 diz.

Deus em debate (divulgando o blog...

Inerrância e Ressurreição - William Lane Craig



PERGUNTA:

Eu estive lendo um debate entre William Lane Craig e Bart Ehrman e anexei um trecho dele abaixo. Craig se recusa a responder se a Bíblia é inerrante ou não quando questionado diretamente por um membro da audiência. Ele meramente se esquiva da pergunta e responde que não é isso que eles estão debatendo.

1) Que fontes externas (fora do cânon) existem para sustentar a morte de Jesus, o sepultamento, a ressurreição em forma corpórea e a ascensão aos Céus?

2) A mensagem de Jesus foi espalhada de forma oral até que os evangelhos foram escritos. Como sabemos que não se desenvolveram lendas tais como Jesus ter sido sepultado por José de Arimatéia?

3) O que dizer de outros pagãos operadores de milagres como Honi, o Desenhista de Círculos; Hanina ben Dosa e Apolônio de Tiana? O fato de esses pagãos operarem milagres similares ao de Jesus não tira o crédito de Jesus como operador de milagres?

4) O que dizer das aparentes contradições nos diferentes relatos do Evangelho? Por favor, dê-me uma resposta diferente de “Esses são apenas detalhes secundários e não estão no coração da questão.” Se nós frequentamos uma universidade que declara que a Bíblia é inerrante, então não deveríamos explicar essas questões? Eu vou citar o Sr. Ehrman em seu debate com Craig:


“Em qual dia Jesus morreu e em qual horário? Ele morreu um dia antes do pão da Páscoa ser comido, como João explicitamente diz, ou ele morreu depois dele ser comido, como Marcos explicitamente diz? Ele morreu ao meio dia, como é dito em João, ou às 9 da manhã, como dito em Marcos? Jesus carregou sua cruz sozinho por todo o caminho ou Simão de Cirene a carregou? Isto depende de qual evangelho você lê. Os dois ladrões zombaram de Jesus na cruz ou apenas um deles zombou dele enquanto o outro o defendeu?


Isto depende de qual evangelho você lê. O véu do templo se rasgou ao meio antes de Jesus morrer ou depois? Depende de qual evangelho você lê.


Ou então pegue os relatos sobre a ressurreição. Quem foi ao sepulcro no terceiro dia? Maria foi sozinha ou com outras mulheres? Se Maria foi com outras mulheres, quantas outras estiveram lá, quem eram elas e quais eram seus nomes? A pedra que lacrava o sepulcro rolou antes de chegarem lá ou não? O que elas viram no sepulcro? Elas viram um homem, elas viram dois homens, ou elas viram um anjo? Depende do relato que você lê. O que elas disseram aos discípulos? Era para os discípulos permanecerem em Jerusalém e ver Jesus lá ou era para eles saírem e verem Jesus na Galiléia? As mulheres falaram com alguém ou não? Depende do evangelho que você lê. Os discípulos nunca abandonaram Jerusalém ou eles a deixaram imediatamente rumo a Galiléia? Todas as respostas dependem de qual relato você lê.”


Bem, agradeço qualquer ajuda. Por favor, não me mande ler nenhum livro ou site, porque já estou lendo Evidência Que Exige Um Veredito de McDowell e Em Defesa de Cristo de Strobel.

Posso obter uma resposta direta para cada questão de um dos principais Centros Apologéticos Cristãos no mundo?

Obrigado,
Grant.

DR. CRAIG RESPONDE:

Se você pode obter respostas diretas à sua pergunta? Pode apostar! Continue lendo.

Primeiro, para determinar o contexto, você coloca de uma forma um tanto tendenciosa quando diz que eu “meramente me esquivei” da questão sobre inerrância bíblica em meu debate com Bart Ehrman sobre a existência de evidências históricas para a ressurreição de Jesus. Uma maneira mais simpática e, eu acho, mais acurada de dizer seria “Craig recusou deixar Ehrman desviar o debate para uma discussão sobre inerrância bíblica, mas manteve o debate nos trilhos.” Talvez uma ainda mais acurada leitura da situação seria: “Ehrman tentou incitar Craig a fazer uma afirmação da inerrância bíblica para que ele pudesse atacar a objetividade de Craig e, portanto, sua integridade como historiador; mas Craig, sabendo que sua defesa da ressurreição de Jesus não pressupõe a inerrância bíblica, se recusou a morder a isca.”

Como eu explico em minha Questão da Semana “Errância Bíblica a quê Preço?” Ehrman, quando era um cristão, tinha um sistema teológico falho no qual a inerrância está no próprio centro de sua teia de crenças, de forma que, uma vez que ele se tornou convencido de um único erro nas Escrituras, toda a teia desmoronou. O resultado é que a doutrina da inerrância aparece de forma anormalmente grande em seu pensamento. Mas a defesa da ressurreição de Jesus que eu apresentei de maneira nenhuma pressupõe a inerrância dos documentos, de forma que essa doutrina se torna irrelevante para a crença na ressurreição.
http://deusemdebate.blogspot.com/2010/04/introducao-inerrancia-e-ressurreicao.html