UM DESEJO ARDENTE

UM DESEJO ARDENTE

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Estudos Sobre os Anjos

Estudo sobre ANJOS

Pr. Adolfo Sarmento e Pra. Fátima Sarmento JesusSite

1 - ANJOS A palavra "anjo" (hb. Malak; gr. Angelos) significa "mensageiros". Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1:13,14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38:4?7; Sl 148:2,5; Cl 1:16). No Apocalipse os anjos são descritos como mensageiros de Deus, questionadores da verdade, libertadores de forças espirituais, guerreiros, portadores de oráculos, guardadores de cidade, soldados nas batalhas espirituais, anunciadores de juízo e adoradores incessantes na presença de Deus. 1.1 - AS ANJOS CAÍDOS A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1:31). Tendo livre?arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28:12?17;11 Pe 2:4; Jd 6; Ap 12:9 ) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12:4) que talvez possam ser identificados (após a sua queda) com os "principados", "potestades", "dominadores deste mundo tenebroso" e "forças espirituais do mal", conforme escreveu o apóstolo São Paulo no capítulo 6 de sua epistola aos Efésios. Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e a sua atmosfera circulante, onde operam limitados segundo a vontade de Deus Hoje, parte deles se acha presa em algemas eternas (II Pedro 2:4; Jd 6), aguardando o juízo do grande dia, enquanto que a outra parte habita as regiões celestes (Ef 6:12), e agem revelando constantemente sua inimizade contra Deus (Ap 12:7), e procuram a destruição do homem, causam-lhes males na alma (Jo 13:27; At 5:3; Ef 2:2,3), no corpo (Lc 13:11?16) e em suas possessões terrenas (Jó 1:12; Mt 8:3I,32I). A fúria dos anjos maus também está especialmente dirigida contra a Igreja de Cristo, portanto: a)continuamente procuram destruí-la por suas investidas em geral (Mt 16:18); b) tentam impedir os ouvintes de que aceitem os favores do Evangelho (Lc 8:12); c) disseminam doutrinas errôneas (Mt 13:25; I Tm 4:1), d) incitam a perseguição ao reino de Cristo (Ap 12:7). Contudo, diz a Bíblia que todos eles serão julgados (II Pe 2:4; Jd 6 ), e lançados no lago de fogo juntamente com Satanás (Mt 25:41; Ap 20:10,14 ), de onde jamais sairão. Nota - lendo Apocalipse 9, podemos ver que esses anjos e espíritos maus que estão no inferno, presos em algemas eternas, terão uma permissão breve para saírem do inferno e somarem esforços com Satanás na terra no período da Grande Tribulação. Eles terão a forma estranha de gafanhotos. São uma espécie de querubins do inferno, em todos os sentidos contrários aos seres vivos que estão diante do trono, no céu. 1.1.1 - OS ANJOS CAÍDOS OPÕEM-SE AOS SALVOS Depoimento Bíblico "A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." (Ef 6:12) O cristão está envolvido numa guerra de proporções inigualáveis, pois tem contra si uma força só superada pela força dos exércitos de Deus. Foi assim com os homens de Deus nos dias bíblicos, é hoje e continuará sendo até o arrebatamento da Igreja de Cristo. A oposição dos anjos de Satanás aos salvos manifesta-se de diferentes maneiras como podemos ver em seguida. a) Através de pessoas ímpias "Ele disse: Ide, e vede onde ele está, para que mande prende-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã. Então enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade. Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então o seu moço lhe disse: Ai! meu senhor! que faremos? Ele respondeu: Não temas: porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. (II Rs 6: 13-16) Nesta passagem Eliseu estava certo que os exércitos sírios, que vinham para prendê-lo, não estavam só; eles tinham a ajuda e o estímulo dos anjos de Satanás, pelo que Deus enviou os seus anjos em livramento do seu servo. "O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (II Rs 6:17 ). b) Opõem-se as orações dos santos "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia." (Dn 10:13) Dessa maneira o "príncipe" e "os reis da Pérsia" (referente aos anjos caídos que habitam as regiões celestes), lutaram por vinte e um dias para impedir a passagem do mensageiro do Senhor a Daniel. Podemos imaginar a força que esses agentes de Satanás possuem, não só para tentar impedir que as nossas orações subam até Deus, mas também para impedir que cheguem até nós as respostas de Deus às nossas orações. A oposição dos anjos maus aos crentes pode manifestar-se também por meio de diferentes tipos de tribulações e tentações, obstáculos à pregação do Evangelho, etc. Porém, é bom relembrar que, em todos os casos, esses anjos, ainda que agentes de Satanás, não podem ir além dos limites traçados pela permissão divina 1.1.2 - PODEROSOS, MAS TÃO TODO-PODEROSOS Os anjos maus são poderosos, mas não todo-poderosos. "Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. " (I Jo 4:4). Nem toda a força de Satanás, somada às forças de suas hostes, pode igualar-se à força espiritual que Deus põe à disposição de seus filhos. Diante do pavor de Geazi por causa do grande número de soldados do exército sírio que cercava Samaria, respondeu o profeta Elizeu: "... mais são os que estão conosco do que estão com eles." (II Re 6:16) No capítulo 1 de Efésios lemos que Deus ressuscitou a Jesus Cristo e o fez "sentar á direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestades, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro e por todas as coisas debaixo dos seus pés... " ( vv. 20-22 ). Lemos ainda em Efésios 2:6,7: "... e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco, em Cristo Jesus ". Agora, compare estas duas passagens com Efésios 6:12, e veja que, se Cristo tem os principados, potestades e demais anjos maus sob seus pés, e se a Igreja está assentada com Cristo, e se fazemos parte da Igreja de Cristo, conclui-se que temos todas as forças do mal sob nossos pés. Não por aquilo que somos em nós mesmos, mas pela posição que temos em Cristo. 1.2 - O EXÉRCITO DE DEUS Os anjos que mantiveram sua integridade pessoal e lealdade a Deus, foram confirmados em santidade; sua obediência se tornou habitual e sua bondade se tornou qualidade de seu caráter. Por isso a Bíblia os chama de "santos anjos". Sua santidade, à semelhança da santidade de Deus, não é apenas uma inseção de toda impureza moral, mas, antes, o conjunto de todas as excelências morais. Essas excelências, infinitas que são no caráter de Deus, são finitas no caráter dos anjos, visto que estes são simples criaturas. Eles, contudo, são exatamente aquilo que Deus quer que sejam. Brilham sua imagem moral e refletem sua glória. Por isso exclamam com reverente respeito: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória" (Is 6:3). Possuem um senso de apreciação da santidade do Altíssimo, e sentem por essa santidade intensa admiração, pois são seres santos. A Bíblia fala numa vasta hoste de anjos bons ( I Rs 22:19; Sl 68:17; 148:2; Dn 7:9,10; Ap 5:11 ), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras: Miguel (Dn 12: 1; Jd 9; Ap12:7) e Gabriel (Dn 9:21; Ic1:19,26 ). Segundo parece, os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (lit.: "anjo principal", Jd 9; 1 Ts 4:16 ); há serafins (Is 6:2), querubins (Ez 10:1-3), anjos com autoridade e domínio (Ef 3- 10; Cl 1:16) e as miríades de espíritos ministradores angelicais (Hb 1:13,14; Ap 5:11) Nota - Miguel é o nome do arcanjo. Foi ele o defensor de Judá (Dn 10:13-21; 12:1). Contendeu com o diabo a respeito do corpo de Moisés (Jd 9). Luta com Satanás em favor da Igreja (Ap 12:7). Estará com Cristo quando Ele vier, e sua voz ressucitará os mortos (1 Ts 4:16 ). Gabriel ( lit. "Poderoso de Deus"ou "Deus mostrou-se poderoso" ) é um dos mais destacados anjos e aparece a Daniel (Dn 8:16; 9: 21), a Zacarias (Lc 1:19) e a virgem Maria (Lc 1:26 ). É um dos príncipes angélicos. Como seres espirituais, os anjos bons louvam a Deus (Hb 1:6: Ap 5:11; 7:11), cumprem a sua vontade (Nm 22:22; Sl 103:20 ), vêem a sua face (Mt 18:10), estão em submissão a Cristo (1 Pe 3:22), são superiores aos seres humanos (Hb 2:6,7) e habitam no céu ( Mc 13:32; Gl 1:8 ). Não se casam (Mt 22:30 ), nunca morrerão (Lc 20:34-36) e não devem ser adotados (Cl 2:l8; Ap 19:9,10). Podem aparecer em forma humana, geralmente como moços, sem asas cf. (Gn 18:2,16; 19:1; Hb 13:2). Nota - Em Atos 16:9b, Paulo está incerto para onde ir, e , à noite, tem uma visão, na qual um varão macedônio se apresenta a ele e lhe diz: "...Passa à Macedônia, e ajuda-nos." Muitos teólogos acreditam que essa visão de Paulo foi de um anjo. Isto porque, chegando á Filipos - cidade da Macedônia - uma mulher chamada Lídia se converte (At 16:14 ), uma jovem possessa de espíritos de adivinhação é liberta (At 16:16-18 ), o carcereiro da prisão onde ficaram presos, Paulo e Silas se converte (At 16:29,30 ), uma igreja é estabelecida (At 17: 4), e , em virtude de todas essas coisas, o ministério de Paulo toma um novo rumo, devido ao atendimento do pedido feito para ir á Macedônia. Os anjos executam numerosa atividades na terra,, cumprindo ordens de Deus. Desempenhando uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés (At 7:38: Gl 3:19, Hb 2:2) Seus deveres relacionam-se principalmente com a obra redentora de Cristo (Mt 1:20-24; 2:13; 28:2; Lc 1:2; At 1:10; Ap 14: 6,7). - Regozijam-se por um só pecador que se arrepende (Lc 15:10 ); - Servem em prol do povo de Deus (Dn 3:25; 6:22; Mt 18:10; Hb 1:14); - Observam o comportamento da congregação dos cristãos (I Co 11:10; Ef 3:10; ITm 5:21); - São portadores de mensagens de Deus (Zc 1:14-17; At 10:1-8; 27:23,24 ); - Trazem respostas as orações (Dn 7:15,16); - Ás vezes, ajudam a interpretar sonhos e visões proféticos (Dn 7:15,16 ); - Fortalecem o povo de Deus nas provações (Mt 4:11; Lc 22:43 ); - Protegem os santos que temem a Deus e se afastam do mal (Sl 34:7; 91:11; Dn 6:22; At 12:7-10 ); - Castigam os inimigos de Deus (II Rs 19:35; At 12:23; Ap 14:17 ); - Lutam contra as forças demoníacas (Ap 12:7-9; Jd 9 ); - Conduzem os salvos ao céu (Lc 16:22); - Atuam como pré-evangelizadores, "preparadores de terreno" espirituais, tal como é narrado em Atos 10:3,4, quando Cornélio tem o coração preparado para receber a palavra que Pedro lhe traria, através de urna ação pré-evangelizadora de um anjo. - São algozes dos prepotentes (At 12:21-23 ); - Intercessores de campos missionários (At 8:26; At 8:4-8; At 16:9b); Durante os eventos dos tempos do fim, a guerra se intensificará entre Miguel, com os anjos bons, e Satanás, com suas hostes demoníacas (Ap 12:7-9). Anjos acompanharão a Cristo quando Ele voltar (Mt 24:30,31) e estarão presentes no julgamento da raça humana (Lc 12:8,9 ). 2 - O ANJO DO SENHOR É mister fazer menção especial ao "Anjo do Senhor" ( às vezes, "o Anjo de Deus" ), um anjo incomparável que aparece no AT e no NT. Seu primeiro aparecimento foi a Agar, no deserto (Gn 16:7); outros aparecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e mais tarde em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Josué (Js 5:13-15, onde o príncipe do exército do Senhor é mais provavelmente o Anjo do Senhor), Gideão (Jz 6:11), Davi (I Cr 21:1 ), Elias (II Rs 1:3-4), Daniel (Dn 6:22 ) e José (Mt 1:20; 2:13). O Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes ás dos anjos, em geral. Às vezes, simplesmente trazia mensagens do Senhor ao seu povo (Gn 22:15-18; 31:11-13; Mt 1:20). Noutras ocasiões, Deus enviava o seu anjo para suprir as necessidades dos seus (I Rs 19:5-7 ), para protege-los do perigo (Êx 14:19; 23:20; Dn 6:22) e, ocasionalmente, destruir os seus inimigos (Êx 23:23; 11Rs 19:34,35; Is 63:9). Quando o próprio povo de Deus rebelava-se e pecava grandemente, este anjo podia ser usado para destruí-lo (II Sm 24:16,17). A identidade do Anjo do Senhor tem sido debatida, especialmente pelo modo como ele freqüentemente se dirige às pessoas. Note os seguintes fatos: - Em Jz 2:1, o Anjo do Senhor diz: "Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto convosco." Comparada esta passagem com outras que descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do concerto das israelitas. Foi Ele quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra de Canaã (Gn 13:14-17; 17:8; 26:2-4; 28:13 ); Ele jurou que esse concerto seria eterno( Gn 17:7), Ele tirou os israelitas do Egito (Êx 20:1,2) e Ele os levou à terra prometida (Js 1:1,2 ). - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, este prostou-se e o adorou (Js 5:14). Essa atitude tem levado muitos a crer que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap 19:10; 22:8,9). - Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça ardente disse, em linguagem bem clara: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó."(Êx 3:6). Porque o Anjo do Senhor está tão estreitamente identificado com o próprio Senhor, e porque ele apareceu em forma humana, alguns consideram que ele era uma aparição do Cristo eterno, Segunda pessoa da Trindade, antes de nascer da virgem Maria. 3 - REFERÊNCIAS BÍBLICAS 3.1 - OS ANJOS TIVERAM PRESENTES EM GRANDE PARTE DA VIDA DE JESUS Um anjo anunciou o nascimento de João (Lc l:1-17); E deu-lhe o nome ( Lc 1:13); Um anjo anunciou a Maria o nascimento de Jesus (Lc 1:26-37); Um anjo anunciou a José esse mesmo nascimento (Mt 1:20,21 ); E deu-lhe o nome (Mt 1:21); Anjos anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus (Lc 2:8-15 ) E cantaram aleluias (Lc 2:13,14); Um anjo dirigiu Sua fuga para o Egito e no regresso (Mt 2:13-20); Anjos serviram a Jesus depois da tentação (Mt4:11; Mc 1:13); Um anjo esteve com Jesus, na agonia do Getsémane (Lc 22:43 ); Um anjo removeu a pedra do sepulcro (Mt 28:2); E anunciou a ressurreição ás mulheres (Mt 28:5-7 ); Dois anjos apresentaram o Salvador ressurreto a Maria Madalena (Jo 20:11-14). 3.2 - JESUS DISSE MUITAS COISAS A RESPEITO DOS ANJOS Falou em anjos que subiam e desciam sobre Ele (Jo 1:51 ); Disse poder contar com 12 legiões de anjos para O livrarem (Mt 26:53); Os anjos estarão com Ele, quando voltar (Mt 25:31; 31:27; Mc 8:38; Lc 9;26); Os anjos serão os ceifeiros (Mt 13:39); Ajuntarão os eleitos (Mt 24:31); E separarão os ímpios dos justos (Mt 13:41,49); Anjos conduziram o mendigo para o seio de Abraão (Lc 16:22 ); Os anjos se alegram com o arrependimento dos pecadores (Lc 15:10); As crianças têm anjos que as guardam (Mt 18:10 ); Jesus confessará os Seus perante os anjos (Lc 12:8 ); Os anjos não têm sexo e não morrem (Lc 20:35,36; Mt 22:30); O diabo tem anjos malignos (Mt 25:41), Foi o próprio Jesus quem disse estas coisas. As declarações de Jesus a respeito dos anjos foram de tal modo específicas, variadas e abundantes que, explicá-las sob a teoria de que Ele estava apenas se acomodando ás crendices do povo, é enfraquecer a validade de quaisquer palavras de Jesus, como verdades que são. 3.3 - NO LIVRO DOS ATOS Um anjo abriu as portas da prisão aos apóstolos (At 5:19); Um anjo encaminhou Filipe ao oficial etíope (At 8:26 ); Um anjo soltou Pedro da prisão (At 12:7-9); E foi chamado "seu" anjo, (At 12:15), anjo da guarda de Pedro; Um anjo feriu Herodes de Morte (At 12:23 ); Um anjo orientou Cornélio em mandar buscar Pedro (At 10:3); Um anjo esteve com Paulo, durante a tempestade (At 27;23 ) 3.4 - ANJOS NO ANTIGO TESTAMENTO Um anjo socorreu Hagar (Gn 16:7-12); Anjos anunciaram o nascimento de Isaque (Gn 18 -15 ); E a destruição de Sodoma (Gn 18:16-33); Anjos destruíram Sodoma e salvaram Ló (Gn 19:1-19); Um anjo impediu a morte de Isaque (Gn 22:11,12); Anjos guardaram Jacó (Gn 28:12; 31:1 l; 32: l; 48:16); Um anjo comissionou Moisés a redimir Israel (Êx 3:2); Um anjo guiou Israel no deserto (Êx 14:19; 23:20-23; 32:34); Um anjo dirigiu os esponsais (contrato de noivado) de Isaque e Rebeca (Gn 24:7); A Lei foi dada por anjos (At 7:38,53; Gl 3:19; Hb 2:2); Um anjo repreendeu Balaão (Nm 22:31-35 ); Um "príncipe do exército do Senhor"apareceu a Josué (Js 5:13-15); Um anjo repreendeu os israelitas por sua idolatria (Jz 2:1-5); Um anjo comissionou Gideão a livrar Israel (Jz 6:11-40); Um anjo anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13); Um anjo feriu o exército assírio (II Rs 19:35; Is 37:36); Um anjo acudiu Elias quando este fugia de Jezabel (I Rs 19:5-8); Eliseu esteve cercado de anjos invisíveis (II Rs 6:14-17); Um anjo livrou Daniel dos leões (Dn 6:22); Anjos acamparam-se em redor do povo de Deus (Sl 34:7; 91:11); Anjos ajudaram Zacarias a escrever (Zc 1:9; 2:3; 4:5) etc., 3.5 - ANJOS NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE Há anjos eleitos (I Tm 5:21); Os anjos são "inumeráveis" (Hb 12:22; Ap 5:11); Ministram a favor dos herdeiros da salvação (Hb 1:13,14); Virão com Jesus em chama de fogo (II Ts 1:7); Um anjo dirigiu a redenção do Apocalipse (Ap 1:1); As Igrejas têm anjos que as aguardam (Ap 1:20; 2:8,12,18; 3:1,7,14); O livro do Apocalipse em grande parte é um drama de anjos. Os anjos não devem ser adorados (Cl 2:18; Ap 22:8,9 ); Há diferentes ordens de anjos com diferentes categorias e dignidades. São organizados em "principados, poderes, tronos, domínios"(Rm 8:38; Ef 1:21; 3:10; Cl 1:16; 2:15;1 Pe 3:22); Ocasionalmente a palavra "anjo" parece se referir a forças da natureza. Mas em geral significa ineqüivocamente personalidades do mundo invisível. Tanto se fala na Bíblia a respeito do ministério dos anjos que somos constrangidos a crer que Deus se serve deles, em parte, para executar a Sua vontade no governo do universo. ANJOS - SERES CRIADOS Serão os anjos seres reais? A Bíblia nos diz que são tão reais quanto você e eu. São uma raça de seres superiores, com importante missão. Eles ocupam um lugar proeminente nas escrituras, sendo mencionados mais de 300 vezes!! Sabemos pelo Salmos que Deus os criou. ANJOS CAÍDOS Você sabe há quanto tempo existiam os anjos antes de a Terra ter sido criada? Ninguém sabe. Poderiam ter estado presentes milhões de anos atrás. Satanás foi um dos anjos ministeriais de Deus. Na realidade ele teve um dia domínio sobre a Terra, tempo esse em que era chamado de "Lúcifer, filho da manhã ". "Como caístes do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações" (lsaías 14:12). Antes de sua queda Satanás era um querubim ungido, que provavelmente dirigia os louvores angelicais no Jardina do Éden: "Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: (...) te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus (...) Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti" (Ezequiel 28:13-15). A quantidade de anjos que não caíram é "inumerável ", de acordo com Hebreus 11:22. Também nos é revelado que um terço dos anjos (chamados de "estrelas" no livro de Apocalipse) se rebelaram e caíram junto com Satanás: "Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, sete diademas. A sua calda a terça parte das estrelas do céu, as quais, lançou para a terra (..) " (Apocalipse 12:3,4) A Bíblia nos diz que foi para estes anjos que Deus criou o inferno: "Então o rei dirá também aos que estiverem a sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno preparados para o diabo e seus anjos" (Mateus 25:4) OS ANJOS E SUAS CATEGORIAS A partir da queda de Satanás travou-se uma guerra constante entre as forças do mal e Deus. Como em qualquer guerra, os "exércitos" em ambos os lados são dispostos em ordem específicas. Esta "corrente de comando" de anjos é observada em várias partes da Bíblia. Paulo menciona algumas categorias gerais na sua carta aos Efésios: "A cima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro" (Efésios l:21). Não há somente guerra entre anjos do bem e do mal. Paulo no relata que nós estamos envolvidos em guerras espirituais contra Satanás e seus exército de anjos. "... porque nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Como "lutamos" contra esses seres espirituais poderosos? Nossa "luta" tem o propósito de nos manter firmes na vitória que Jesus alcançou por nós. Paulo disse que devemos nos apossar do que ele proveu para nossa vitória completa: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal, e, depois de teres vencido tudo, permaneceis inabaláveis. Estais, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos com a couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamado do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito(...)" (Efésios 6:13-18) Estamos envolvidos numa luta de anjos o tempo todo. Temos que estar prevenidos contra qualquer coisa que o diabo nos lance, conservando nossas verdades firmes, enraizadas. Isto significa que não estamos envolvidos em nenhuma doutrina falsa, ou ensinamentos superficiais. Precisamos nos rodear da Palavra. Necessitamos também da couraça da Justiça. É importante que nos examinemos e tenhamos a certeza de que estamos caminhando segundo a Justiça. Onde há pecado ou carnalidade o diabo encontra uma maneira de aproximar de nós com intenção de nos destruir o testemunho e o caminhar cristão. Paulo menciona o "escudo da fé". Se não nos mantivermos firmes na fé cairemos, ao sermos atingidos por algum tipo de pressão. É essencial conservar sempre nosso capacete da salvação alimentando pensamento de Deus e avaliando tudo segundo a sua Palavra. Não temos que perguntar: "O que o jornal diz a respeito desta situação? " ou: "O que Dan Rather opina sobre este problema? " e sim: "O que a palavra de Deus declara sobre esta circunstância? " Certa vez um homem me perguntou se eu colocava diariamente minha armadura. Respondi: "Eu não atiro nunca!!" Estamos sempre envolvidos em conflitos. Não temos que esperar até sermos atacados pelo inimigo, para só então nos lembrar dela!! ANJOS ELEITOS Os anjos que não se rebelaram contra Satanás são chamados de anjos eleitos: "Conjuro-te perante Deus e Cristo Jesus e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos sem prevenção, nada fazendo com parcialidade" (1 Tm 5:21). Lembre que para cada anjo caído existe dois anjos eleitos. Isto significa que a batalha pode ser a pior possível, com inúmeros ataques provenientes da atividade demoníaca. Contudo os anjos de Deus são infinitamente mais capazes de vir em seu auxílio e vencer as forças das trevas. SERAFIM Os serafins são uma categoria bem superior de anjos. No hebraico serafim significa "queimando, furioso" ou "exaltada, alto". Eles ardem, em sua imensa dedicação ao Senhor. Esta devoção fervorosa a Deus pode ter sido resultado da elevada e exaltada posição no Trono. Isaías é o único escritor bíblico que menciona estas criaturas fantásticas. "No ano da morte do rei Uzias eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as asas de suas vestes enchiam o trono. Serafins estavam por cima dele; cada uma tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam e clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, toda terra está cheia de sua glória" (Isaías 6:1-3). O que parece é que os serafins supervisionam o louvor a Deus. Eles proclamam sua santidade. Podemos ser alçados até o lugar do trono de Deus, louvando e exaltando sua santidade em nossa vida. QUERUBIM A primeira menção a uma ordem de anjos é à dos querubins. Vemo-los guardando a entrada no Jardim do Éden, após a expulsão de Adão e Eva. "E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden, e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3: 24). A outra referência aos querubins, e sua descrição, acontece no relato da decoração do tabernáculo. "Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório" (Êxodo 25:18, 20). Nem todos os anjos tem asas, mas os querubins - assim diz a palavra - as tem, e elas cobrem o propiciatório. Eles parecem estar intimamente ligados à presença Deus e nossa redenção. Ezequiel os menciona no capitulo 10, bem como João, no livro do Apocalipse, capitulo 4, chamando-os de "criaturas vivas". ARCANJO A Bíblia identifica o arcanjo como "chefe " (significado de "arqui"). Apesar de ser possível que existam outros (Gabriel pode ser um deles), Miguel é o único arcanjo mencionado pelo nome: "Contudo o arcanjo Miguel quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: o Senhor te repreenda" (Judas 9) Miguel significa: "quem é como Deus? " Sabemos por Daniel (10:13) que Miguel é " .... um dos primeiros príncipes (-) " Estas autoridades angelicais estão constantemente envolvidas em lutas em defesa de povo de Deus. Miguel contendeu com o diabo em relação ao corpo de Moisés. Nós o vemos novamente batalhando com o diabo no livro de Apocalipse: "Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos, todavia não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles." (Apocalipse 12: 7,8) Miguel parece ter um interesse muito especial pela nação de Israel. Durante a grande tribulação ele lutará em favor dos Judeus: "Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo, mas naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro" (Daniel 12:1) ANJOS DA GUARDA O escritor de Hebreus, Novo Testamento, nos diz que Deus indicou anjos para ministrar aos herdeiros da salvação: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviços, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hebreus 1:14) Você é herdeiro da salvação? Está na guarita da fé? Então você tem anjos especiais para você. Os anjos da guarda nos provam como Deus nos ama, e como está sempre fazendo tudo para atender as nossas necessidades, preparando-nos e assistindo-nos em todas as situações e circunstâncias. Esses anjos ficam apenas observando o que acontece? Não!! Eles são enviados para ministrar-nos. O Salmo 34 nos revela uma das coisas que fazem em nosso beneficio: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra" (Salmos 34:7) O que os anjos fazem? Eles nos livram sempre que necessário. O Salmo 91:11 revela que é sua missão proteger-nos em todos os momentos. Sua tarefa é cuidar de nós e dar-nos proteção. Os Israelitas tinham seu anjo da guarda. Foi ele que os ajudou a entrar na terra prometida. Deus disse que lutaria: "Enviarei um anjo diante de ti, lançarei fora os Cananeus, e os Amorreus, e os Heteus e os Ferezeus, e os Heveus e os Jebuzeus" (Êxodo 33:2) Quando obedecemos a Deus os anjos lutam por nós. Não gosto da figura que deles pintam: cabelos louros, longos, e harpa nas mãos. Não acredito que todos carreguem harpa. O que penso é que se mantém sempre ocupados, protegendo-nos e guardando-nos. Você já leu a sua viagem de Paulo a sua viagem a Roma? Em certos momentos parecia que o navio ia afundar (Atos 27). Contudo um anjo veio e garantiu ao apóstolo que nenhuma vida se perdia tia tempestade. De onde surgiu? Era o anjo dia guarda de Paulo. Anjos da guarda estavam presentes ali, porque Paulo se encontrava no navio, e todos se beneficiaram com a sua presença. BIBLIOGRAFIA: 1. ANJOS, HOMEM E PECADO - O Relacionamento das Criaturas Com o Criador, Raimundo F. de Oliveira, 2ª Edição, 1989. 2. BATALHA ESPIRITUAL - Discernindo os agentes espirituais no dia-a-dia; Caio Fábio D' Araújo Filho, 1ª Edição, 1996. 3. BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - Almeida Revista e Corrigida; Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Edição de 1995. 4. MANUAL BÍBLICO - H. H. Halley, tradução David A. de Mendonça, Edição Vida Nova, 4ªEdição - 1994, Reimpressão - 1995.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Merecem confiança os livros Apócrifos

Por Paulo Cristiano

A Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II, declarou que “Ela (a igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim”.

Nós, cristãos evangélicos, rejeitamos a tradição como regra de fé. Quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento inclui uma série de livros chamados “Apócrifos”, os quais não aparecem nas versões evangélica e hebraica da Bíblia. O resultado disto foi que, na opinião popular dos católicos, existem duas Bíblias: uma católica e outra protestante. Mas semelhante asseveração não é certa. Só existe uma Bíblia, uma Palavra (escrita) de Deus.

Apócrifos, o que significa?

No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido de “esotérico” ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como “pseudepígrafos”.

Como os apócrifos foram aprovados

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes se opunham violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.

Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e o Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Mas, após 1629, as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e “induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições”. Melhor assim. Tinham em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo.

Há várias razões porque rejeitamos os apócrifos. Eis algumas delas:

Não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivesse autoridade divina.

Historicidade

A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro ramos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, preocupou-se em enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Muitos livros foram traduzidos para o grego. Segundo um relato de Josefo, o sumo sacerdote de Jerusalém, Eleazar, enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo.

Essa tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos livros apócrifos foram acrescentados ao texto grego como apêndice do Velho Testamento. Mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.

Depois de referir-se aos cinco livros de Moisés, aos treze livros dos profetas e aos demais escritos (os quais “incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens podem pautar suas vidas”), ele continua afirmando: “Desde Artaxerxes (sucessor de Xerxes) até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tanto crédito quanto aquilo que precedeu a esta época, visto que a sucessão dos profetas cessou. Mas a fé que depositamos em nossos próprios escritos é percebida através de nossa conduta; pois, apesar de ter-se passado tanto tempo, ninguém jamais ousou acrescentar coisa alguma a eles, nem tirar deles coisa alguma, nem alterar neles qualquer coisa que seja”.

Testemunho dos pais da Igreja

ORÍGENES: No terceiro século a.D., Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento, preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25. Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e do Texto Massorético), inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão “fora desses [livros canônicos]”.

TERTULIANO: Tertuliano (160-250 d.C.) era aproximadamente contemporâneo de Orígenes. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro.

HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois.

ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Ester.

JERÔNIMO: Jerônimo (340-420. a.D.) fez a seguinte citação: “Este prólogo, como vanguarda, com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em hebraico; o Segundo foi escrito em grego, conforme testifica sua própria linguagem”.

MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C.

“Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio, Josué, filho de Num, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, os dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria, Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Jó, os profetas Isaías, Jeremias, os doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras”.

É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Ester. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os apócrifos!

As heresias dos apócrifos

TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.

Apresenta:
• justificação pelas obras – 4.7-11; 12.8.
• mediação dos Santos – 12.12
• superstições – 6.5, 7-9,19
• um anjo engana Tobias e o ensina a mentir – 5.16 a 19

JUDITE - (150 a.C.) É a história de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Mas é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.

Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos – 3.4.

ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:

• justificação pelas obras – 3.33, 34.
• trato cruel aos escravos – 33.26 e 30; 42.1 e 5.
• incentiva o ódio aos samaritanos – 50.27 e 28

SABEDORIA DE SALOMÃO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).

Apresenta:

• o corpo como prisão da alma – 9.15
• doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma – 8.19 e 20
• salvação pela sabedoria – 9.19

1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de três irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período interbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.

2 MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação de 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.

Apresenta:

• a oração pelos mortos – 12.44 - 46
• culto e missa pelos mortos – 12.43
• o próprio autor não se julga inspirado –15.38-40; 2.25-27.
• intercessão pelos santos – 7.28 e 15.14

Adições a Daniel:

Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.

Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.

Capítulo 3.24-90 - o cântico dos três jovens na fornalha.

Lendas, erros e outras heresias:

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas

- Tobias 6.1-4 - “Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse-lhe: Pega-lhe pelas guelras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés”.

2. Erros históricos e geográficos

Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos apócrifos são freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo: o erudito bíblico DL René Paehe comenta: “Exceto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1 Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo, Sabedoria de Salomão). Tobias contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomada por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus]. Há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão.”

3. Ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de exorcismo

Tobias 6.5-9 - “Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até que chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirá estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão”.

Este ensino de que o coração de um peixe tem poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre superstição.

4. Ensinam que esmolas e boas obras limpam os pecados e salvam a alma

a) Tobias 12.8, 9 - “É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna”.

b) Eclesiástico 3.33 - “A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”.
A salvação por obras destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador.

5. Ensinam o perdão dos pecados através das orações

Eclesiástico 3.4 - “O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias”.

O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado.

6. Ensinam a oração pelos mortos

2 Macabeus 12.43-46 - “e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”.

É nesse texto de um livro não canônico que a Igreja Católica Romana baseia sua doutrina do purgatório.

7. Ensinam a existência de um lugar chamado purgatório

Sabedoria 3.1-4 - “As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade”.

A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na última parte desse texto. Afirmam os católicos que o tormento em que o justo está é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade. Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo.

8. Tobias 5.15-19

“E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de que tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração”.

Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus foram verdadeiros quando lhes perguntado a sua identidade. Veja Lucac 1.19.

Decisão polêmica e eivada de preconceito

Resumindo todos esses argumentos, essa postura afirma que o amplo emprego dos livros apócrifos por parte dos cristãos desde os tempos mais primitivos é evidência de sua aceitação pelo povo de Deus. Essa longa tradição culminou no reconhecimento oficial desses livros, no Concílio de Trento, como se tivessem sido inspirados por Deus. Mesmo não-católicos, até o presente momento, conferem aos livros apócrifos uma categoria de paracanônicos, o que se deduz do lugar que lhes dão em suas Bíblias e em suas igrejas.

O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C. Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da história. A decisão desse Concílio foi polêmica e eivada de preconceito.

Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, o que se comprova pelos seguintes fatos:

1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.

2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.

3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canonicidade.

4. Nenhum concílio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV.

5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.

6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.

7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se fossem Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados segundo os critérios elevados de canonicidade estabelecidos, verificamos que aos livros apócrifos faltam:

1. Os apócrifos não reivindicam ser proféticos.

2. Não detêm a autoridade de Deus. O prólogo do livro apócrifo Eclesiástico (180 a.C.) diz: “Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua sabedoria, visto não somente os autores destes discursos tiveram de ser instruídos, também os próprios estrangeiros se podem tomar (por meio deles) muito hábeis, tanto para falar como para escrever. Por isso, Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma coisa acerca da doutrina e sabedoria... Eu vos exorto, pois, a ver com benevolência, e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a perdoar-nos, se algumas vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões”. Este prólogo é um auto-reconhecimento da falibilidade humana. (grifo acrescentado)

Diante de tudo isso, perguntamos: “Merecem confiança os livros Apócrifos?” A resposta obvia é: NÃO!

Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento

Há quinze livros chamados apócrifos (quatorze, se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

Significado das palavras cânon e canônico

CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica “qãneh” em Ez 40.3; e no grego: “kanón”, em Gl 6.16") tem sido traduzido em nossas versões em português como “regra”, “norma”. Literalmente, significa vara ou instrumento de medir.

CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66 livros da Bíblia hebraica e evangélica.

Significado da palavra Pseudoepígrafado

Literalmente significa “escritos falsos” - Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim, não-canônicos, embora também contenham ensinos errados ou hereges.

Diferença entre as Bíblias hebraicas, protestantes e católicas

1. Bíblia hebraica [a Bíblia dos judeus]

a) Contém somente os 39 livros do VT

b) Rejeita os 27 do NT como inspirado, assim como rejeitou Cristo.

c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católica Romana).

2. Bíblia protestante

a) Aceita os 39 livros do VT e também os 27 do N.T.

b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos.

3. Bíblia católica

a) Contém os 39 livros do VT e os 27 do N.T.

b) Inclui, na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.

A seguir, a lista dos que se encontravam na Septuaginta:

1. 3 Esdras

2. 4 Esdras

3. Oração de Azarias

4. Tobias

5. Adições a Ester

6. A Sabedoria de Salomão

7. Eclesiástico (Também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque).

8. Baruque

9. A Carta de Jeremias

10. Os acréscimos de Daniel

11. A Oração de Manassés

12. 1 Macabeus

13. 2 Macabeus

14. Judite

Bibliografia:

1. Merece Confiança o Antigo Testamento?, Gleason L. Archer. Jr. Ed. Vida Nova.
2. Introdução Bíblica, Norman Geisler e William Nix. Ed. Vida.
3. Panorama do Velho Testamento, Ângelo Gagliardi Jr. Ed. Vinde.
4. O Novo Comentário da Bíblia vol I, vários autores. Ed. Vida Nova.
5. Evidência Que Exige um Veredicto vol I, Josh McDowell. Ed. Candeia.
6. Os Fatos sobre “O Catolicismo Romano”, John Ankerberg e John Weldon. Ed. Chamada da Meia-Noite.
7. O Catolicismo Romano, Adolfo Robleto. Ed. Juerp.
8. Estudos particulares de, Pr. José Laérton - IBR Emanuel - (085) 292-6204.(internet)
9. Estudos particulares de, Paulo R. B. Anglada.(internet)
10. Teologia Sistemática, Green. Ed. Vida Nova.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA SOBRE JESUS

Estranhamente, alguns dizem que Jesus nunca existiu — que ele é, na realidade, uma criação de alguns homens do primeiro século. Respondendo a tais cépticos, o respeitado historiador Will Durant argumentou: “Seria um milagre ainda mais incrível que apenas em uma geração uns tantos homens simples e rudes (pescadores muitos deles) inventassem uma personalidade tão poderosa e atraente como a de Jesus, uma moral tão elevada e uma tão inspiradora idéia da fraternidade humana.”
Pergunte-se: Poderia uma pessoa que nunca existiu ter influenciado a história humana de modo tão notável? A obra de referência The Historians’ History of the World (A História do Mundo Segundo os Historiadores) comentou: “O resultado histórico das atividades [de Jesus] foi mais momentoso, mesmo dum ponto de vista estritamente profano, do que os feitos de qualquer outro personagem da história. Uma nova era, reconhecida pelas principais civilizações do mundo, tem o nascimento dele como ponto de partida.”
Sim, pense nisso. Até os calendários hoje baseiam-se no ano em que supostamente Jesus nasceu. “As datas anteriores a este ano são seguidas das iniciais a.C., isto é, antes de Cristo”, explica The World Book Encyclopedia (Enciclopédia Mundial do Livro). “As datas posteriores a este ano são seguidas das iniciais a.D., isto é, anno Domini (no ano do nosso Senhor).”
Os críticos, porém, salientam que tudo o que realmente sabemos sobre Jesus se encontra na Bíblia. Não existem outros registros contemporâneos a respeito dele, dizem eles. Até mesmo H. G. Wells escreveu: “Os antigos historiadores romanos ignoraram inteiramente a Jesus; ele não deixou nenhuma marca nos registros históricos do seu tempo.” Mas, é isto verdade?
Embora sejam escassas as referências a Jesus Cristo da parte de primitivos historiadores seculares, tais referências realmente existem. Cornélio Tácito, respeitado historiador romano do primeiro século, escreveu: “O nome [cristão] deriva-se de Cristo, a quem o procurador Pôncio Pilatos executou no reinado de Tibério.” Suetônio e Plínio, o Jovem, outros escritores romanos daquela época, também se referiram a Cristo. Além disso, Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, escreveu sobre Tiago, a quem identificou como “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo”.
Assim, The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica) conclui: “Estes relatos independentes provam que nos tempos antigos nem os oponentes do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus, que foi disputada pela primeira vez e em bases inadequadas em fins do século 18, durante o século 19 e no início do século 20.”
A história de Jesus é um fato...isso para historiadores formados e pessoas de credibilidade já está mais que vencido... Historiadores como Flávio Josefo, Euzébio de Cesaréia, Públio Lentulo, Lucas o Médico e Apostolo e Flávio Lucius, Cornélio Tácito, historiador Romano...Suetônio, Plinio o Moço ...ora a literatura não era tão expandida na época, mas onde se pode encontrar, há diversas mençoes sobre Jesus e até descrições sobre ele...

No entanto, hoje poucos negam que Jesus tenha de fato existido. Na verdade, sua existência e importância é uma das poucas coisas em que a maioria das pessoas prontamente concorda. O título de um editorial do The Wall Street Journal em dezembro de 2002 dizia: “A ciência não pode desconsiderar Jesus.” Seu autor concluiu: “A maioria dos eruditos, com exceção de uns poucos ateus, já aceitou Jesus de Nazaré como um personagem histórico.”

Mas Jesus foi muito mais do que um simples personagem histórico. A revista Time declarou o seguinte: “É preciso ter uma imaginação bastante fértil para dizer que a figura mais influente, não apenas nestes dois milênios, mas em toda a história humana, não tenha sido Jesus de Nazaré.” Ela acrescentou: “O fato de que nenhuma outra pessoa exerceu, nem de longe, uma influência tão poderosa e duradoura quanto Jesus é um argumento de peso.”